Zumbido no ouvido pode ser causado por má alimentação

por | jun 30, 2016 | Saúde

Sintoma comum em adultos de todas as idades, o  zumbido no ouvido pode ser causado por má alimentação, alterações hormonal e até pelo hábito de escutar música em volume muito alto. Assim que os zumbidos começarem, é preciso procurar um otorrinolaringologista para que o quadro seja avaliado.

Leia também

Por que o ouvido entope na serra? Entenda

Volume alto dos fones de ouvido é perigoso e pode causar surdez

Infecções de ouvido de crianças precisam ser bem tratadas

Causas

Jejum prolongado e excesso de doces e alimentos gordurosos podem ser uma das causas. Crédito: Thinkstock

A primeira causa investigada é a alimentação. Hábitos como fazer  jejum prolongado, comer doces e alimentos gordurosos, tomar café, chá preto e refrigerante à base de cola em excesso pode afetar os ouvidos. “Qualquer alteração metabólica pode estar por trás do zumbido, por isso é importante analisar bem essa parte. Nesses casos, é indicado que o paciente interrompa o consumo desses alimentos por cerca de 30 dias para reavaliação do quadro”, explica a  otorrinolaringologista com doutorado em zumbido pela USP, Dra. Tanit Sanchez.

Desequilíbrios hormonais também podem provocar o problema. “Pode ser tanto um desequilíbrio dos hormônios da tireoide (hipotireoidismo), quanto dos hormônios femininos (menopausa). Nesses casos, é recomendada a reposição hormonal, desde que esteja de acordo com a orientação correta dos médicos”, completa a especialista.

Tratamento

O tratamento é feito à base de medicamentos e uso de aparelho auditivo. Crédito: Thinkstock

Exames auditivos e de sangue são fundamentais para o começo da investigação.  Audiometria e a acufenometria são realizadas para identificar o grau de perda de audição e o tipo/volume do zumbido. Já os exames de sangue verificam a existência de anemia, o aumento da glicose, colesterol ou triglicérides. Em último caso, uma tomografia ou ressonância magnética pode identificar a presença de tumores no nervo auditivo.

Excluídas as causas que envolvem alimentação inadequada ou alterações hormonais, os pacientes são encaminhados para tratamentos medicamentosos ou com  aparelhos auditivos. A médica explica que alguns remédios não específicos são bastante eficientes, como os destinados para circulação, dor, convulsão, ansiedade e depressão. “Em qualquer um dos casos é necessário uma avaliação e acompanhamento do quadro. Embora a cura seja ainda um efeito raro, certamente se podem ter diferentes graus de melhora na maioria dos pacientes”, finaliza.