Registrada pela primeira vez em seres humanos nos anos 1970, a varíola dos macacos é considerada uma zoonose silvestre, isto é, que circula principalmente em animais. Por muito tempo, após a manifestação em pessoas, ela restringiu-se ao continente africano. Mas desde o início de 2022, órgãos de saúde têm reportado o surgimento da doença em outros países ao redor do mundo, e os números têm crescido cada vez mais.
Monkeypox: número de casos aumentou de forma expressiva
A Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgou durante uma coletiva de imprensa no dia 12 de junho que o número de casos de varíola dos macacos no mundo já chega a 9200.
No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, foram identificados 310 casos do Monkeypox. A doença já se alastrou por 63 países no total.
There are now 9,200 #monkeypox cases in 63 countries. The Emergency Committee will reconvene next week and look at trends, how effective the counter-measures are and make recommendations for what countries and communities should do to tackle the outbreak.
— Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) July 13, 2022
No dia 5 de julho, a OMS havia divulgado que mais de 5 mil casos de varíola dos macacos já haviam sido diagnosticados ao redor do mundo, mas por meio da coletiva de imprensa, o número foi atualizado para 9200.
No Brasil, 310 casos foram detectados, dentre os quais 217 se encontram no estado de São Paulo, até 14 de julho. Os demais estão divididos em Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Pernambuco.
Varíola dos macacos: transmissão e sintomas
A varíola dos macacos é transmitida pelo Monkeypox, pertencente ao gênero orthopoxvirus, da família Poxviridae. O período de incubação da doença demora de seis a 13 dias, mas pode variar de cinco a 21 segundo estudos da OMS.
A transmissão ocorre pelo contato próximo a lesões causadas pelo agente infeccioso, fluidos corporais, gotículas e materiais contaminados. Dentre os principais sintomas estão a aparição de bolhas na pele, dores de cabeça, febre acima de 38,5°C, dores no corpo e fraqueza.
Entenda as taxas de mortalidade da varíola dos macacos
A varíola dos macacos conta com duas linhagens diferentes, a da África Ocidental e o da Bacia do Congo.
De acordo com a OMS, as infecções humanas com a cepa da África Ocidental apresentam quadros menos graves em comparação com a da Bacia do Congo. A primeira apresenta uma taxa de mortalidade de 3,6% do total de infectados, já a segunda, 10,6%. Segundo o órgão, apenas uma morte por varíola dos macacos foi registrada no atual surto.
Vale lembrar que não existe um tratamento específico para varíola, uma vez que a doença é autolimitada, ou seja, pode ser curada com o tempo e sem tratamento. Os sintomas costumam desaparecer sem a interferência de remédios ou outros procedimentos. Mas ela pode se manifestar de forma grave em crianças, mulheres grávidas e imunossuprimidos, portanto, para estes indivíduos pode haver a necessidade de tratamento dos sintomas para alívio do mal-estar.
Vale lembrar que é importante cuidar das erupções cutâneas, deixando-as secas, além de evitar tocar em feridas localizadas nos olhos e boca.
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