Se dedicar ao hábito de bordar ou tricotar roupas e peças artesanais te ajuda a desencanar dos problemas, melhora sua autoestima e, segundo estudos, pode até reduzir a dor.
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Segundo destaca reportagem do jornal americano The NY Times, o médico cardiologista da Faculdade de Medicina da Universidade de Harvard e autor do livro “A Reposta do Relaxamento”, Herbert Benson, garante que os benefícios de bordar e tricotar são parecidos com o de uma sessão de ioga ou meditação.
Mexer com as agulhas, segundo o médico, induz ao mesmo estado de relaxamento que os praticantes de técnicas de meditação sentem. Há ainda mais uma vantagem: depois do período de aprendizagem, tricô e crochê podem diminuir a frequência cardíaca e pressão arterial, além de reduzir os níveis do cortisol, o hormônio do estresse.
Benefícios de tricotar e bordar
Perda de gordura: relação a longo prazo
Regular a presença deste hormônio no organismo, claro, só tem efeitos positivos para seu corpo. Entre eles, reduzir o acúmulo de gorduras no abdômen. Tudo porque o excesso de cortisol mobiliza o glicogênio, tipo de açúcar armazenado no fígado que vira açúcar na circulação sanguínea. Como ele não é utilizado, se deposita no abdômen e gera gordura localizada.
É por isso que qualquer atividade relaxante, que diminua níveis de ansiedade, nervosismo e desequilíbrio emocional, é uma aliada da manutenção do peso e saúde adequados.
Aumento da autoestima
Deixar a autoestima lá em cima também é mais uma vantagem apontada pelas pesquisas. A sensação de realização está relacionada, principalmente, à finalização do produto, que é feito pelas próprias mãos. Ou seja, em uma atividade só, os praticantes atacam os sintomas da ansiedade e do estresse.
Alívio para transtornos
Em um estudo da Universidade britânica Columbia, 74% das 38 mulheres que sofriam com anorexia disseram se sentir com “menos medo” depois que aprenderam a produzir trabalhos manuais de tricô e crochê. Elas disseram ainda que a atividade ajudava a mantê-las pensando no transtorno alimentar.
Redução da dor
Em outra pesquisa, feita pelo Hospital do Reino Unido, médicos acompanharam 60 pacientes com dores crônicas que integravam um grupo de bordado e também tricotavam individualmente. Resultado: eles reportaram que não sentiam dor enquanto tricotavam.
Os pesquisadores relacionaram o resultado positivo ao fato de que a atividade gera liberação de seretonina, além de estimular as funções cognitivas, a interação social, no caso dos grupos, e o mapeamento do cérebro ativado pela movimentação simultânea dos dois braços.