Apesar de bastante comum, a queixa sobre uma dor de cabeça tem significativo impacto físico, emocional e social, já que a condição pode ser debilitante, causar grande mal-estar e atrapalhar o dia a dia e o trabalho de quem sofre constantemente com o problema.
Dor de cabeça: o que é
Dores de cabeça podem ser resultados de diversos problemas de saúde e apresentar gravidades e intensidades muito variadas. De acordo com informações do Hospital Sírio-Libanês, a cefaleia pode ser primária ou secundária.
A dor de cabeça primária é aquela que não está relacionada a nenhuma outra doença, enquanto que a secundária pode ser reflexo de condições como sinusites, meningites, hemorragias e tumores cerebrais, por exemplo. Ou seja: dor de cabeça, definitivamente, não é tudo igual.
Tipos de dor de cabeça
As cefaleias podem ter diferentes intensidade e duração e afetar áreas variadas da cabeça. Reconhecer os sintomas e os tipos de dor de cabeça é, portanto, fundamental para descobrir as causas do desconforto e para conhecer o melhor tratamento para garantir alívio.
Cefaleia
Tipo mais comum e simples de dor de cabeça, a cefaleia é caracterizada por dor local, geralmente na região dos olhos, que causa incômodos intensos, constantes e pulsantes. A cefaleia tradicional é facilmente aliviada com medicamentos analgésicos e seu desconforto tende a desaparecer em cerca de 30 minutos.
Dor de cabeça tensional
A cefaleia tensional pode ser aguda ou crônica e é resultado da tensão muscular cervical e ao redor do crânio. De acordo com Julio Pereira, neurocirurgião da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a dor pode acometer os dois lados da cabeça e é similar a um peso ou aperto de intensidade leve ou moderada.
Insônia, cansaço excessivo, irritabilidade e sensibilidade a luzes e ruídos são alguns dos sintomas associados à cefaleia tensional, que pode se manifestar na nuca, testa ou na parte de cima da cabeça.
Enxaqueca
Bem mais complexa que uma cefaleia tradicional ou tensional, a enxaqueca é um distúrbio neurovascular caracterizado por dor unilateral, latejante e de intensidade média a forte que pode vir acompanhado por uma série de sintomas como náuseas, visão turva, tonturas, entre outros.
Os sintomas da enxaqueca normalmente são apresentados cerca de 24 horas antes de uma crise, podem durar de 72 horas a 15 dias e não são aliviados com medicamentos analgésicos comuns.
A condição merece atenção e cuidados extras, já que, além de provocar dores mais intensas, pode aumentar os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, como ataque cardíaco e acidente vascular cerebral (AVC).
Tratamentos
Em casos de dores de cabeça ocasionais e brandas, o tratamento para alívio do desconforto pode ser feito com analgésicos comuns. No entanto, é importante ressaltar que o abuso de remédios do gênero, sem orientação médica, pode levar a efeitos contrários e provocar cefaleia crônica, alerta o médico Rodrigo Thomaz, neurologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Para solucionar crises de cefaleia, além de analgésicos, o médico pode receitar anti-inflamatórios e, no caso de enxaqueca, medicamentos triptanos.
Pacientes que experimentam mais de três crises de dor de cabeça por mês devem apostar em uma abordagem profilática, com o objetivo de evitar que o desconforto apareça. Nesses casos, são administrados, em doses baixas, antidepressivos, anticonvulsivantes, anti-hipertensivos e antivertiginosos.
Para prevenir o surgimento de dores de cabeça é importante descobrir e evitar elementos que funcionam como gatilho da dor. Tabagismo, sedentarismo, estresse e má alimentação, por exemplo, são alguns fatores que podem favorecer o aparecimento de cefaleias.
O que você precisa saber sobre dor de cabeça
- Dor de cabeça persistente: quando ela se torna grave e indica ida ao médico?
- Suas enxaquecas podem indicar algumas destas coisas sobre a sua saúde
- Não confunda enxaqueca com dor de cabeça: isso pode ser muito perigoso