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O cartunista Ziraldo – conhecido mundialmente – foi internado no Hospital Pró-Cardíaco, no Rio de Janeiro, após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
Em comunicado, o hospital informou que o cartunista deu entrada na instituição com quadro de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Ele foi internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e seu estado de saúde é grave.
Entenda a seguir por que ocorrem casos assim e quais são suas possíveis sequelas.
AVC hemorrágico: o que é?

O AVC Hemorrágico (AVCH), que Ziraldo teve, é um tipo menos comum de derrame. Ele é caracterizado pela ruptura de um aneurisma com sangramento em algum ponto do sistema nervoso central.
Sintomas
Os sintomas do AVC hemorrágico se caracterizam por uma perda neurológica súbita, tais como:
- Dores de cabeça muito fortes, beirando o insuportável
- Perda de força em um dos lados do corpo
- Paralisia súbita de um dos lados do corpo, geralmente no braço ou perna, de grau pequeno ou acentuado
- Alterações visuais, como perder uma parte ou totalmente o campo visual
- Sintomas motores ou sensitivos, como dormência no rosto, mãos e pernas
Grupos de risco

Conforme explica a neurologista Renata Anghinah, algumas pessoas que cultivam maus hábitos de saúde têm mais chances de ter um AVC. São eles:
- Tabagismo;
- Pressão alta;
- Sedentarismo;
- Uso de drogas;
- Estresse;
- Consumo excessivo de bebida alcoólica;
Ao mesmo tempo, a neurologista afirma que o derrame pode acontecer mesmo em pessoas sem nenhum fator predisponente: “Mesmo com a avaliação, a pessoa pode não aparentar nenhuma doença específica e nenhuma predisposição e, mesmo assim, ter o AVC. Em muitos casos, pode ser uma apenas uma fatalidade.”
Tratamento
Após o diagnóstico, pode ser feita uma cirurgia, um procedimento comum em casos de AVCH com o objetivo de controlar o sangramento e introduzir um cateter para monitorar a pressão intracraniana, já que ela pode aumentar após o sangramento.
Também podem ser utilizadas medicações para controlar a pressão arterial e evitar convulsões.
Depois de passado o risco inicial e com o paciente já estabilizado, podem ser iniciadas terapias recuperativas, como fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional.
Sequelas
O paciente pode ter paralisia em parte do corpo, além de sequelas motoras, na fala, falhas de memória e cognitivas, falta de equilíbrio, sensibilidade e até problemas visuais. Em casos mais graves, o aumento excessivo da pressão intracraniana pode levar à morte.