* Esta matéria possui conteúdo publicitário *
Com sabor bastante doce, os adoçantes deixam comidas e bebidas mais gostosas sem os inconvenientes do açúcar. Dentre eles, destaca-se a sucralose, que é produzida a partir da cana-de-açúcar, tem zero caloria e não deixa gosto residual amargo nos alimentos. Os edulcorantes, como são tecnicamente chamados, são boas alternativas ao açúcar comum, que deve ser ingerido com moderação.
Leia também:
Alimentos que ajudam a controlar a diabetes
10 vegetais brancos que você deveria comer mais
Comer três colheres de aveia todo dia reduz colesterol e ajuda na dieta
Cáries dentárias, obesidade, síndrome metabólica e diabetes tipo 2 são alguns dos problemas provocados pelo consumo excessivo de açúcar. Apesar disso, seu consumo ainda é bastante elevado. Segundo dados do IBGE, entre 2008 e 2009 o açúcar representou 16,4% do total de calorias ingeridas, quando o recomendado pela OMS é de 10%.
Em uma dieta de 2000 kcal, apenas 200 kcal deveriam ser provenientes de açúcar, o que corresponde a 50 g diários. Consumir mais do que isso é fácil, pois além do açúcar que acrescentamos nos alimentos, principalmente em bebidas, há ainda o açúcar presente nos produtos industrializados. Vale lembrar que o açúcar não está presente apenas em doces, frutas e refrigerantes, mas também em pães, massas e grãos. Esses alimentos são ricos em carboidratos, nutriente que é convertido em glicose no organismo.
Uma lata de refrigerante e uma barrinha de chocolate correspondem a mais de 1/4 do consumo diário de açúcar. Crédito: Linea
Adoçantes: entenda a diferença entre eles
Para reduzir o consumo de açúcar e respeitar as recomendações da OMS, os edulcorantes são boas opções. A nutricionista Elaine Cristina Moreira explica as diferenças entre eles e os benefícios de cada um. “O ideal é avaliar o adoçante que se adeque melhor para cada caso e paladar, pois estudos recentes indicam efeito benéfico dos adoçantes artificiais na redução da ingestão de energia, perda de peso e gordura localizada, bem como melhoria no controle da glicemia de jejum em comparação ao açúcar, vale lembrar que apesar das diferenças, todos os adoçantes podem ser consumidos por diabéticos”, afirma a nutricionista.
Sucralose
A sucralose é o único adoçante obtido através da cana-de-açúcar e, portanto, apresenta o sabor do açúcar sem o residual amargo/metálico e isento de calorias. Sua molécula é 600 vezes mais doce do que o açúcar e é lipossolúvel. Dessa forma, não se acumula nos tecidos gordurosos, não atravessa a placenta, não está presente no leite materno, já que a sua eliminação ocorre nas primeiras horas após o consumo e em 13 horas é excretado pelo organismo de forma intacta.
Aprovada por todas as autoridades mundiais, estudos afirmam que a sucralose não é tóxica, não causa câncer, não afeta o sistema imunológico, não afeta o sistema nervoso central, não altera a glicemia e, por isso, pode ser consumida por qualquer um, inclusive diabéticos, gestantes, crianças e idosos. Além disso, a sucralose se comporta muito bem em altas temperaturas, sendo uma alternativa para preparo de sobremesas em geral.
Acesulfame-K
A sacarona apresenta forte sabor residual amargo. Crédito: Thinkstock
É um adoçante dietético utilizado em alimentos como doces, bebidas e pastilhas. Tem um poder adoçante 200 vezes superior ao do açúcar. Resiste a altas temperaturas, mantendo-se estável. Nunca é utilizado sozinho, sempre com outros edulcorantes com o objetivo de melhoria de sabor. O acessulfame K é completamente eliminado pela urina, podendo também ser utilizado por crianças e gestantes.
Sacarina
Derivado do petróleo, esse adoçante apresenta um sabor residual amargo que aumenta com a quantidade utilizada. Ele atravessa a placenta, por isso deve ser evitado por gestantes. O sódio compõe a molécula de sacarina, por isso deve ser consumido com bastante moderação pelos portadores de hipertensão. É resistente a altas temperaturas e encontra-se em alimentos, bebidas, adoçantes de mesa, geleias, gomas, frutas em conserva e molhos de saladas. “Houve muita polêmica a seu respeito sobre o aumento de risco para câncer de bexiga e chegou a ser proibida nos Estados Unidos, mas com a falta de estudos que comprovassem essa ameaça, ele voltou a ser comercializado”, explica a nutricionista.
Ciclamato de sódio
O ciclamato de sódio é 50 vezes mais doce do que a sacarose e não apresenta sabor residual amargo. Pode ser submetido a altas temperaturas. Muitas vezes é associado à sacarina com o intuito de mascarar o amargor dessa. Este produto é proibido nos Estados Unidos e também contém sódio em sua molécula.
Stévia
Os adoçantes à base de estévia possuem constituintes naturais da planta Stevia rebaudiana. Têm o poder de adoçar até 300 vezes superior ao da sacarose, resistem a altas temperaturas e tem sabor residual amargo. “É metabolizado pela flora intestinal, porém é pobremente absorvido. É considerado seguro para crianças e gestantes”, afirma.
O consumo de aspartame pode gerar sintomas adversos. Créditos Thinkstock
Aspartame
Cerca de 200 vezes mais doce do que a sacarose. Seu sabor é mais limpo e doce, sem residual amargo metálico. O APM é uma proteína, que libera 4kcal/g e se modifica em altas temperaturas, perdendo o poder de dulçor quando aquecido. Os produtos da digestão do aspartame, que é uma proteína, são metanol, aspartato e fenilalanina. Esta última exige a alegação nos rótulos, pois não deve ser consumida por portadores de uma doença rara chamada fenilcetonúria. “Além disso, vale observar que algumas pessoas podem apresentar possíveis sintomas decorrentes da intolerância do consumo desse edulcorante, como dores de cabeça, tremor de mãos ou pálpebras”, ressalta a nutricionista.