Recursos como chicletes, adesivos e sprays fazem parte da terapia de reposição de nicotina (TRN). Muito embora a nicotina seja só uma das 4.000 substâncias químicas do cigarro e um dos seus constituintes menos tóxicos, o uso desse tipo de alternativa de tratamento tem como princípio atenuar o sofrimento do fumante com os sintomas da abstinência ao tabaco, reduzindo a oferta de nicotina no organismo aos poucos e, consequentemente, a vontade de fumar.
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Terapia com spray nasal de nicotina funciona?
Sozinha, uma medicação que apenas distribui nicotina no organismo do indivíduo não constitui uma terapia de cessação de fumar completa. Vários pesquisadores concordam que é fundamental haver alguma forma de intervenção comportamental em todas as terapias para dependência de drogas.
Como age no corpo?
A formulações de liberação rápida de nicotina em forma de spray nasal age quando aplicado com borrifadas nas narinas. Cada dose contém 0,5 miligramas de nicotina, e como a aplicação acontece em ambas as narinas, resulta em 1mg de nicotina por reposição. O pico da substância no sangue ocorre entre 5 e 10 minutos depois.
Estudos recomendam o uso desse método entre 10 a 20 vezes ao dia, com redução ao longo de duas semanas. Caso haja fissura, ou seja, uma forte vontade de fumar, o spray pode ser reaplicado de 10 a 15 minutos depois da última dose.
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Contraindicação
O método pode ser usado isoladamente ou em conjunto com outras formulações de liberação lenta, como o adesivo de nicotina, e sua maior desvantagem é que apresenta maior probabilidade de desenvolvimento da dependência pelo paciente. O potencial de abuso desses produtos, entretanto, parece ser significativamente menor do que o de cigarros em fumantes. O spray nasal de nicotina ainda não é vendido no Brasil.
Esse tipo de terapia de reposição de nicotina foi aprovada pelo Food and Drug Administration dos Estados Unidos, mas não há estudos comparativos com os chicletes ou com os adesivos que possam comprovar sua eficiência. Também aconselha-se que todo tratamento seja usado junto com uma terapia cognitivo-comportamental. Os efeitos colaterais mais comuns podem ser lacrimejamento, aumento da secreção nasal, irritação nasal e da garganta.