
Influenza (ou gripe) é uma infecção viral do sistema respiratório de elevado poder de transmissão, que costuma afetar com maior frequência grupos considerados de maior vulnerabilidade ao vírus, ou seja, crianças, idosos, mulheres grávidas e pessoas com doenças crônicas.
Apesar de ser uma doença relativamente comum, especialmente em períodos de epidemia, se não tratada corretamente, a influenza pode causar graves complicações de saúde (como pneumonia, por exemplo) e até levar à morte em alguns casos.
Influenza: o que é
No Brasil, circulam três tipos de vírus influenza: A, B e C. Os dois primeiros, que podem ser prevenidos com vacina, provocam epidemias sazonais. O tipo C, no entanto, por não estar relacionado a epidemias e causar somente infecções respiratórias leves, não possui impacto na saúde pública, de acordo com o Ministério da Saúde.

Influenza A
A influenza A, que pode ser encontrada tanto em humanos quanto em outras espécies de animais, possui subtipos como A(H1N1) e A(H3N2), que circulam sazonalmente.
A gripe H1N1, subtipo da influenza A, é causada por uma mutação do vírus da gripe comum e também é conhecida por gripe suína, já que teria se desenvolvido primeiramente em porcos.
O H3N2 é um tipo do vírus Influenza que, só nos Estados Unidos, infectou mais de 47 mil pessoas e provocou diversas mortes. Porém, não há motivo para alarmes no Brasil. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, o Ministério da Saúde acompanha semanalmente os casos e a evolução dos vírus para estar apto a intervir no caso de uma possível epidemia.
Outros subtipos da Influenza A, como A(H5N1), A(H7N9), A(H10N8), A(H1N2v), entre outros, também podem infectar humanos, sendo que o H7N9 é de origem aviária.

Influenza B
Ao contrário da influenza A, a gripe B infecta exclusivamente humanos. Os vírus circulantes podem ser divididos em 2 grupos principais, sem subtipos: Yamagata e Victoria. Assim como a influenza A, a influenza B também é contagiosa.
Influenza C
A influenza C, que infecta humanos e suínos, não apresenta grandes implicações para a saúde pública porque não está relacionado a epidemias, é menos frequente e causa infecções respiratórias leves.

Sintomas
Os sintomas de influenza são semelhantes aos da gripe comum:
Iniciais
- Febre súbita e alta (acima de 38 graus)
- Calafrios
- Mal-estar
- Dor de cabeça
- Dor de garganta
- Dor nas juntas
- Coriza
- Tosse seca
Severos
- Diarreia
- Vômito
- Fadiga
- Rouquidão
- Olhos avermelhados e lacrimejantes

É grave?
A influenza é uma doença bastante comum e fácil de ser controlada e prevenida. No entanto, se não for tratada, pode levar a complicações graves como pneumonia, Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e crises de insuficiência respiratória, que podem ser fatais sem socorro imediato.
Tratamento
O tratamento da influenza deve ser iniciado, preferencialmente, nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.
Melhor remédio
Diante do diagnóstico de algum tipo de influenza, o médico poderá avaliar a necessidade de tratamento com o antiviral fosfato de oseltamivir (Tamiflu). O medicamento é indicado para casos de síndrome respiratória aguda grave e de síndrome gripal com possíveis complicações.
Prevenção

Apesar de grave em alguns casos e de ter alto poder de contágio, a influenza pode ser prevenida com vacina e até mesmo com medidas simples no dia a dia.
Vacina
A melhor forma de prevenção é a vacina contra a gripe. Ela demora em torno de 15 dias para fazer efeito e sua imunização dura um ano em média, explica a infectologista Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias, do Hospital Nossa Senhora das Graças.

Medidas simples para prevenir influenza
- Lave bem as mãos com água e sabão
- Utilize álcool gel com frequência para higienizar as mãos
- Evite colocar as mãos nos olhos, boca e nariz
- Evite o compartilhamento de objetos pessoais
- Cubra a boca e o nariz com lenço ao espirrar ou tossir
- Evite permanecer em locais fechados e com aglomerações
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