síndrome do lobisomem

Anvisa alerta para “síndrome do lobisomem” em bebês após contato com remédio comum

O Minoxidil, usado para o tratamento de calvície, tem causado crescimento anormal de pelos (“síndrome do lobisomem”) em bebês – e, em alerta, o órgão listou medidas para evitar o efeito

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu recentemente um alerta sobre o Minoxidil, medicamento utilizado contra alopecia androgênica. Segundo o órgão, casos de bebês com crescimento anormal de pelos após contato com áreas onde a substância foi aplicada têm sido reportados – e isso inspira cuidados tanto para quem usa o produto quanto para os fabricantes.

Anvisa alerta para hipertricose em bebês por contato com Minoxidil

(Crédito: Freepik)

O Minoxidil, remédio usado no tratamento da calvície, virou alvo de alerta da Anvisa recentemente. Isso porque, segundo o órgão, relatos de bebês com hipertricose, doença apelidada de “síndrome do lobisomem”, após contato com a substância estão sendo reportados na Europa, algo que motiva alterações inclusive na bula do medicamento.

Em um comunicado, a agência afirmou que, de acordo com os relatos, os bebês em questão foram expostos a contato com áreas onde o Minoxidil foi aplicado nos pais. Meses após a suspensão do contato com o medicamento, o crescimento anormal de pelos se normalizou e os bebês não tiveram mais complicações. Leia a nota completa da agência clicando aqui.

Cuidados com o Minoxidil para evitar “síndrome do lobisomem” em bebês

(Crédito: Freepik)

Diante dos relatos, a Anvisa aconselha que pais que fazem uso do remédio evitem o contato das crianças com as áreas onde ele foi aplicado. Além disso, recomenda-se que os adultos também lavem muito bem as mãos após a aplicação. Como o remédio é aplicado na cabeça, os travesseiros e outros itens de vestuário também podem fazer contato com o produto – e é importante manter a criança longe disso também.

Em casos de eventos adversos relacionados ao uso do medicamento, a agência recomenda que o consumidor notifique a situação no sistema VigiMed. Já ao fabricante, a Anvisa orienta que o risco de Hipertricose em bebês que tenham contato com o produto seja descrito na bula.

Hipertricose ou “síndrome do lobisomem”: o que é?

síndrome do lobisomem
Hipertricose severa (Crédito: YURI CORTEZ/AFP via Getty Images)

A hipertricose, conhecida como “síndrome do lobisomem” em situações extremas, é uma condição médica caracterizada pelo crescimento anormal de pelos corporais. Isso significa que pessoas com hipertricose têm pelos em lugares onde normalmente esses fios não nascem – e em excesso. Essa condição pode afetar homens e mulheres e não depende de fatores hormonais.

As causas da hipertricose são diversas. A doença pode ser congênita – ou seja, algo que nasce com a pessoa devido a alterações genéticas. Em outros casos, porém, ela pode ser adquirida, e as causas para seu surgimento incluem:

  • Uso ou contato com certos medicamentos como Minoxidil, Ciclosporina e Fenitoína;
  • Desnutrição severa;
  • Doenças sistémicas como porfiria cutânea, alguns tipos de câncer e traumas na pele.
(Crédito: Freepik)

Em geral, essa doença não traz grandes riscos à saúde física para além de problemas dermatológicos leves caso os pelos sejam removidos de forma inadequada. Apesar disso, a condição tem grande impacto na saúde mental, podendo causar baixa autoestima, ansiedade, depressão e isolamento social.

O tratamento da condição nos casos em que ela é adquirida se resume a diagnosticar e tratar a causa do problema. É o caso, por exemplo, da “síndrome do lobisomem” em bebês por contato com Minoxidil. Quando ela é congênita, porém, a depilação a laser é a única forma de solucionar definitivamente o crescimento anormal de pelos no corpo.

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