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No início de outubro, o assistente de palco de Silvio Santos no SBT Ailton Alvez Sampaio de Lima, o Liminha, foi internado após sentir um mal-estar que os médicos, de início, suspeitaram ser decorrente de um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Após exames, o quadro foi diagnosticado como Paralisia de Bell, que ocorre após a inflamação de nervos que controlam os movimentos faciais, o que pode ser desencadeado por fatores diversos. Duas semanas após a internação, o assistente de palco usou o Instagram para mostrar como está a recuperação, e falou sobre as sequelas.
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Em um vídeo, ele aparece mastigando com os dois lados da boca – inclusive o esquerdo, que foi comprometido pela condição –, enquanto no outro aparece mandando agradecimentos aos fãs.
Na segunda postagem, fica claro que a fala do assistente de palco ficou um pouco comprometida, e ele falou sobre essa sequela na legenda. “Sete dias depois do susto… Com a dicção defasada, mas vejo evolução. Na luta… Vamos embora que sabemos que pode ser reversível esse quadro”, afirmou Liminha, esperançoso.
https://www.instagram.com/p/BpRYpfoAjRe/
Por que a Paralisia de Bell compromete a fala?
A Paralisia de Bell é causada pela inflamação do nervo que controla os movimentos de um dos lados do rosto, e essa inflamação pode ser causada por fatores diversos que incluem até estresse. De acordo com a neurologista Vanessa Müller, porém, a maior parte dos casos ocorre em decorrência de infecções virais como a herpes, por exemplo.
Conforme explica a especialista, a dicção da pessoa acaba comprometida pela própria paralisia de músculos que atuam na movimentação normal da boca. Além disso, ela também afirma que a Paralisia de Bell pode afetar a glândula parótida, uma das responsáveis pela salivação, e que isso também pode prejudicar a fala do paciente, especialmente com palavras com as letras “B”, “M”, “P” e “V”.
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Sequela é reversível?
A médica explica que a reversão é, sim, possível. Mas, para avaliar as chances de recuperação destas sequelas, é preciso realizar um exame de eletroneuromiografia, que indicará o quão comprometido está o nervo inflamado. Além disso, ela também afirma que é preciso investigar o caso com cuidado para entender se não há outros problemas de saúde envolvidos nessas sequelas.
Em geral, o tratamento da Paralisia de Bell é feito com corticoides e fisiotetapia, mas, segundo Vanessa, a sequela da fala pode ser trabalhada também de outras formas. “É possível fazer tratamento com fonoaudiologia e, para ajudar na simetria da musculatura, pode ser recomendado o uso de botox”, explica.
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