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Remédio que freia avanço do Alzheimer pode chegar ao Brasil neste ano: entenda a droga

O donanemabe, remédio de Alzheimer com resultados animadores, está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

Em breve, brasileiros com Alzheimer em estágio inicial devem se beneficiar de uma nova droga contra a doença. O donanemabe é um anticorpo monoclonal que conseguiu, com sucesso, reduzir o depósito de proteínas no cérebro, visto como responsável pela condição – e, agora, ele está em fase de aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. Saiba mais:

Novo remédio para Alzheimer pode chegar ao Brasil em 2025

sintoma de alzheimer
(Crédito: jcomp/Freepik)

Desenvolvido pela farmacêutica Eli Lilly, o medicamento donanemabe está, agora, em fase de aprovação pela Anvisa para chegar ao Brasil. Esse remédio para Alzheimer é uma droga inovadora aprovada pela Food And Drug Administration (FDA, a “Anvisa dos Estados Unidos”) em julho de 2024 e pode estar disponível para brasileiros ainda em 2025.

O pedido de liberação do fármaco no País foi recentemente protocolado junto à Anvisa. Segundo a farmacêutica, o medicamento para Alzheimer chegará assim que o órgão regulador o liberar e a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) estipular os preços.

Nos Estados Unidos, o custo do remédio no primeiro ano de tratamento é de US$ 32 mil (o equivalente a cerca de R$ 185 mil).

Como funciona o remédio inovador para Alzheimer?

tratamento para Alzheimer
Alzheimer e outras doenças neurodegenerativas, atualmente, não têm cura (Crédito: Andrea Piacquadio/Pexels)

Segundo Lindsey Nakakogue, diretora da Federação Brasileira das Associeções de Alzheimer (Febraz), o donanemabe oferece boas esperanças para pacientes que têm a doença em estágios iniciais. Isso porque ele conseguiu com sucesso reduzir o acúmulo da proteína beta-amiloide no cérebro, processo-chave na ocorrência dessa condição.

De acordo a farmacêutica, esse anticorpo monoclonal destrói a placa amiloide “ensinando” as células de defesa do corpo a reconhecê-la e combatê-la. Nos estudos clínicos, três quartos das pessoas que utilizaram a droga tiveram a placa eliminada com sucesso, e o declínio cognitivo causado pela doença foi reduzido em 35%. Além disso, o risco de progressão da doença para o próximo estágio clínico caiu em 39%.

Esse remédio para Alzheimer é administrado por via endovenosa uma vez por mês, e o tratamento é feito durante um período limitado. Ele chega ao fim após a identificação de redução da placa, algo que costuma acontecer após cerca de 12 meses de uso da medicação.

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(Crédito: Freepik)

É importante frisar, porém, que o tratamento foca em pacientes com o que se chama de CCL, comprometimento cognitivo leve – e, além disso, ele não “cura” ou reduz os sintomas da doença. O único papel do remédio é atrasar a progressão da doença – e, assim, o comprometimento que já existe seguirá se manifestando em sintomas típicos da condição.

De acordo com a médica Lindsey Nakakogue, a droga é capaz de atrasar o declínio cognitivo entre 4 a 7 meses.

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