Ana Clara desabafa sobre nova crise de psoríase: conheça sintomas, tipos e tratamentos para a doença

por | set 3, 2024 | Saúde

A psoríase é uma doença autoimune, ou seja, causada por um comportamento atípico do sistema imunológico que se manifesta especialmente na pele – mas também pode ter sintomas para além das conhecidas lesões

Segundo informações do Ministério da Saúde, 3% da população mundial tem psoríase. Essa doença autoimune que se manifesta na pele, portanto, afeta cerca de 125 milhões de pessoas – e esse grupo inclui famosos como Kim Kardashian, Kelly Key, Beyoncé e a aparesentadora Ana Clara, que desabafou recentemente sobre o assunto.

Confirma a fala de Ana Clara sobre psoríase e entenda o que é essa doença crônica caracterizada pela formação de placas na pele de tempos em tempos.

Psoríase: Ana Clara desabafa sobre a doença

Ana Clara (Crédito: Reprodução/Instagram @anaclaraac)

Assim como outras famosas que já desabafaram sobre o diagnóstico, a apresentadora Ana Clara também declarou ser paciente da doença. No Instagram, ela afirmou que, dois anos após passar por um tratamento intenso contra a condição crônica, descobriu três novas lesões pelo corpo.

“Parece uma catapora”, afirmou ela em uma sequência de stories, revelando que duas das três novas lesões estão no rosto e que o maior gatilho para uma crise da doença, no caso dela, é o estresse.

“Percebo que qualquer coisa que estresse meu organismo em excesso, a psoríase volta”, declarou ela. Outros famosos que já falaram – e até mostraram as lesões – da psoríase incluem Kim Kardashia, Beyoncé e Kelly Key.

Psoríase: o que é, sintomas e mais

psoríase
(Crédito: Freepik)

Segundo o National Institute of Arthritis and Muscoloskeletal and Skin Diseases, órgão norte-americano, a psoríase é uma doença crônica e autoimune. Isso significa que ela não tem cura e é uma reação do próprio corpo, sem influência de, por exemplo, um vírus ou bactéria. Ela se caracteriza pelo surgimento de lesões cor-de-rosa ou avermelhadas de aparência escamosa e inflamada na pele.

A psoríase acontece pelo funcionamento atípico do sistema imunológico, responsável por defender o corpo. Nesses quadros, ele fica anormalmente ativo, fazendo com que as células da pele se multipliquem em maior velocidade. Com isso, elas acabam se agrupando nas conhecidas lesões, que afetam especialmente o couro cabeludo, os cotovelos e joelhos.

As lesões da psoríase podem ocorrer no corpo inteiro. Essa doença é mais comum em adultos do que crianças, e afeta mulheres e homens igualmente. Por não ter cura, ela tende a afetar a autoestima e o bem-estar de pacientes, que podem se beneficiar desde tratamentos tópicos até os sistêmicos (ou seja, remédios que afetam o corpo como um todo). Além disso, não é possível prevenir a psoríase.

O diagnóstico dessa doença geralmente ocorre a partir da observação das lesões típicas da psoríase. Não há, por exemplo, exames de sangue que permitam a identificação da doença.

(Crédito: Freepik)

Como começa a psoríase?

A psoríase tende a ocorrer em ciclos. Em alguns momentos, as lesões aparecem, se multiplicam e permanecem inflamadas por algumas semanas ou meses. Já em outros momentos, a doença pode ficar “adormecida”, sem grandes manifestações. A forma como a psoríase começa, portanto, depende do momento e do tipo da doença.

Na maioria dos casos, porém, os primeiros sintomas de psoríase são as manchas elevadas e escamosas na pele. A depender do tipo da doença, essas lesões podem ter pus ou vir acompanhadas de sintomas não relacionados à pele, como dor nas juntas. Em geral, os sintomas surgem repentinamente.

Tipos de psoríase

O tipo mais conhecido de psoríase é o que causa placas elevadas na pele, com coloração avermelhada e aparência ressecada, com “escamas” esbranquiçadas. Por vezes, esse sintoma é simétrico, afetando de forma muito parecida os dois lados do corpo em locais específicos. Esse tipo de psoríase (vulgar), no entanto, não é o único. A doença se divide nas seguintes subcategorias:

Gutata

Lesões em forma de gotas no tronco, braços e coxas, principalmente perto de ombros e quadris. É mais frequente em crianças e adultos jovens e está associada a infecções.

Pustulosa

Lesões com pus localizadas nos pés e nas mãos ou espalhadas por todo o corpo.

Palmo-Plantar

As lesões avermelhadas e com aparência de ressecadas surgem em forma de fissuras nas solas dos pés e palmas das mãos,

(Crédito: Freepik)

Invertida

Nesse caso, as lesões são mais úmidas e tendem a aparecer em locais como base do couro cabeludo (próximo à nuca), cotovelos e joelhos.

Ungueal

Nesses quadros, as lesões da psoríase são “depressões” ou manchas amareladas, e elas surgem especialmente nas unhas das mãos.

Artropática

8% dos casos da doença estão associados a sintomas nas articulações, incluindo sintomas como dores nas pontas dos dedos das mãos e dos pés ou nos joelhos.

Sintomas de psoríase

Os sintomas da psoríase variam de acordo com o tipo da doença. O quadro, em geral, pode incluir:

  • Lesões na pele com aparência “grosseira” e descamada, que coçam ou ardem, geralmente no couro cabeludo, nos quadris, nas palmas das mãos, nos pés, nos cotovelos e nos joelhos;
  • Rachaduras na pele acompanhadas de coceira ou sangramentos;
  • Unhas com aparência de grossas e com relevos;
  • Dor e inchaço nas articulações;
  • Feridas com pus ou que sangram.

Qual é a causa da psoríase?

Apesar de se manifestar na pele, a psoríase é uma doença autoimune. Como diversas outras condições autoimunes, suas causas não são totalmente conhecidas. Ainda assim, a principal teoria é a de que o comportamento errático do sistema imunológico nesse caso ocorre por uma combinação de fatores ambientais e genéticos.

É possível, portanto, citar como fatores de risco da psoríase:

  • Histórico da doença na família;
  • Infecções (especialmente as causadas por estreptococos e HIV);
  • Tabagismo;
  • Obesidade;
  • Uso de certas medicações.
(Crédito: Freepik)

O que piora a psoríase?

Muitas pessoas com a doença relatam surgimento de crises da doença ou piora nas lesões por causas emocionais. Sendo assim, situações de grande estresse ou de grande variação emocional, por exemplo, podem desencadear uma crise.

Além disso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), outros fatores que pioram a doença incluem trauma na pele, queimaduras de sol, infecções e certas medicações. Também não é indicado cutucar as lesões.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o tempo frio também costuma ser um gatilho para o surgimento das lesões.

Tratamentos

Há, atualmente, uma ampla gama de tratamentos para psoríase. Eles incluem desde cremes (tratamento local) para as lesões até medicamentos sistêmicos que têm o sistema imunológico como alvo. Também podem ser usados remédios para reduzir manifestações dolorosas, e o foco desse tratamento é a remissão da doença, bem como a redução na quantidade e intensidade de crises.

Outras modalidades de tratamento para a doença incluem fototerapia (exposição da pele à luz ultravioleta de forma controlada), e compostos biológicos injetáveis no caso de quadros graves.

(Crédito: Freepik)

O que é bom para curar psoríase?

A psoríase é uma doença crônica que não tem cura. Sendo assim, os tratamentos visam alívio dos sintomas, redução das crises e diminuição na gravidade das lesões. Tanto tratamentos tópicos quanto sistêmicos devem ser recomendados por especialistas, mas, em geral, pacientes com essa condição podem se beneficiar de:

  • Compressa fresca nas lesões;
  • Hidratantes corporais espessos (de preferência sem fragrância ou corantes);
  • Manejo de estresse e outros problemas psicológicos (com psicoterapia, prática de meditação, de exercícios físicos, entre outras técnicas);
  • Exposição ao sol (com protetor solar);
  • Óleos de banho ou próprios para aplicação no couro cabeludo.

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