Em meio ao surto de varíola dos macacos que tem, pouco a pouco, se espalhado por diversos países, foi confirmado nesta quinta-feira (9) o primeiro caso da doença no Brasil. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o paciente é um homem de 41 anos que está, agora, isolado no Hospital Emílio Ribas, na capital paulista – e, recentemente, visitou países como Portugal e Espanha, onde diversos casos da doença já foram registrados.
Varíola dos macacos no Brasil: SP tem o 1º caso
Endêmica de países da África, a varíola dos macacos tem, desde meados de maio, se espalhado pelo mundo e, nesta quinta-feira, o primeiro caso da infecção no Brasil foi confirmado. Em nota enviada a Tá Saudável, a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo informou que o paciente de 41 anos tem histórico de viagem a países da Europa com diversas ocorrências da doença.
O diagnóstico do paciente, segundo o comunicado, foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz, e o quadro começou com febre e dores musculares no dia 28 de maio. Atualmente, o paciente está em isolamento no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, e todos os contatos dele vêm sendo monitorados por equipes de vigilância. Além do caso confirmado, a prefeitura de São Paulo monitora ainda um caso suspeito na cidade, uma mulher de 26 anos também moradora da Capital.
Leia a nota na íntegra:
” A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta quinta-feira (9) o primeiro caso de Monkeypox no Brasil. A confirmação ocorreu pelo Instituto Adolfo Lutz após realização de diagnóstico diferencial de detecção por RT-PCR do vírus Varicela Zoster (com resultado negativo) e análise metagenômica do material genético, quando então foi identificado o genoma do Monkeypox vírus.
O caso é um homem de 41 anos, residente da Capital, com histórico de viagem para a Portugal e Espanha, e que está internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em bom estado clínico. Todos os contatos do paciente estão sendo monitorados pelas equipes de vigilância.
O Centro de Vigilância Epidemiológico (CVE) estadual e a prefeitura de São Paulo também investigam desde a semana passada um outro paciente, uma mulher de 26 anos, também moradora da Capital“.
Varíola dos macacos: informações importantes
Sintomas
Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), principal órgão de saúde dos Estados Unidos, os sintomas da varíola dos macacos são muito semelhantes aos da varíola comum, sendo o inchaço dos gânglios linfáticos (localizados, por exemplo, logo abaixo das orelhas no pesocço) o único sinal exclusivo desta variação da doença.
Em geral, os sintomas iniciais são:
- Febre;
- Dor de cabeça;
- Dores musculares;
- Dor nas costas;
- Inchaço dos linfonodos;
- Calafrios;
- Exaustão.
Entre um a três dias desde o surgimento da febre, o paciente passa então a apresentar erupções cutâneas que frequentemente começam a surgir no rosto e se espalham pelo restante do corpo. Tipicamente, o quadro de varíola dos macacos dura de duas a quatro semanas.
Contágio
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que monitora as centenas de casos já registrados da doença em países não-endêmicos, a varíola dos macacos é transmitida pelo contato próximo com uma pessoa que está com o vírus. Isso inclui especialmente a proximidade entre rostos, beijos e os contatos entre boca e pele e boca e mucosas (como durante o sexo penetrativo ou oral).
Além disso, também é possível pegar varíola dos macacos a partir do contato físico com itens contaminados, como roupas de cama, objetos eletrônicos e roupas de pessoas diagnosticadas com a doença.
Gravidade
Nos países da África onde a doença é endêmica, a varíola dos macacos levou à morte um a cada dez pessoas que contraíram a condição. Segundo a OMS, no entanto, os riscos globais oferecidos pelo surto da doença ainda são de baixo a moderado – especialmente pelo fato de que existe uma vacina contra a doença (além de a vacina contra varíola ser eficaz também contra esta variação).
É preciso lembrar, porém, que, atualmente, apenas pessoas entre 42 e 50 anos (a depender do país) têm imunidade contra a varíola, já que o programa de vacinação contra a doença foi finalizado em 1980 após ela ser erradicada. Atualmente, ainda não há planos de imunização contra a doença.