Ao mostrar que concilia quimioterapia e exercício físico, Preta Gil foi questionada – e o que muitos não sabem é que a prática até ajuda o paciente de câncer
Lidando com um câncer colorretal metastático, Preta Gil surpreendeu ao surgir fazendo exercícios físicos durante a quimioterapia. Para maior conforto, ela faz quimioterapia em casa com a ajuda de um dispositivo – e, mesmo enquanto recebe medicamentos, pratica atividades físicas, algo cuja importância ela exaltou após questionamentos.
Preta Gil faz quimioterapia e exercício físico ao mesmo tempo
Usando o Instagram, Preta Gil explicou por que faz exercícios físicos mesmo durante a aplicação de quimioterapia. Por comodidade e para não precisar de internações contínuas, Preta tem feito quimioterapia em casa com um aparelho que faz aplicações frequentes – e, ao surgir malhando e fazendo esteira, ela levantou questionamentos.
“Tem algumas pessoas me perguntando: ‘Mas Preta, você estava fazendo esteira, exercício, com a bolsinha de quimioterapia?’. Sim! Recomendação médica com o Leandro, que é um personal da equipe de uma das minhas oncologistas”, afirmou, exaltando a importância do exercício físico no tratamento de câncer.
“É provado cientificamente que exercício físico durante a quimioterapia ajuda muito o paciente na fadiga, na recuperação, enfim, a não perder massa magra. Eu faço! Hoje eu estava muito borocoxô, mas fiz. E amanhã farei de novo, e depois de novo… Um pouquinho de cada vez. Se exercitar é fundamental”, declarou ela, que surgiu malhando até com uma mantinha.
Quimioterapia e exercício físico: benefícios e orientações
De acordo com informações do Instituto Nacional de Câncer, o INCA, o exercício físico durante a quimioterapia e após o tratamento de câncer é tolerável e recomendável. Obviamente, cada paciente tem suas particularidades: alguns podem realizar atividades mais pesadas, outros têm mais cansaço, etc. Ainda assim, o órgão explica que, conforme for possível, ela contribui com o estado clínico geral do paciente.
Segundo o INCA, a prática regular de atividades físicas durante e após o tratamento oncológico está associada a benefícios como:
- Melhora do bem-estar, que é muito afetado pelo tratamento;
- Redução de dores;
- Melhora da função cognitiva;
- Redução de riscos de comprometimento cardiovascular;
- Controle de efeitos colaterais do tratamento, como fadiga;
- Controle de sintomas psicossociais, como ansiedade e estresse;
- Previne e controla distúrbios do sono;
- Evita que o tratamento comprometa tanto as funções do corpo.
O órgão frisa que o recomendado é praticar ao menos 150 minutos semanais de atividade física de intensidade moderada, ou 75 minutos semanais de atividade física de intensidade vigorosa. Ainda assim, qualquer movimento é melhor que o sedentarismo, especialmente durante o tratamento de câncer.
Sendo assim, é possível realizar práticas como musculação, exercícios funcionais e aeróbicos. Além disso, atividades como caminhar na rua, andar com um animal de estimação, dançar e outros hábitos que envolvam a movimentação do corpo são bem-vindos.
É importante lembrar que nunca se deve ignorar as limitações do corpo. É natural que, às vezes, o cansaço e os outros efeitos colaterais da quimioterapia, como o enjoo excessivo, impeçam a prática. Sendo assim, pacientes devem manter a comunicação com seus médicos aberta, para que recebam as melhores orientações sobre essa prática.
O órgão também incentiva que a prática de exercícios físicos na quimioterapia tenha o acompanhamento de um bom profissional de educação física ou fisioterapeuta.
Câncer de Preta Gil: relembre o quadro
Preta Gil foi diagnosticada com câncer colorretal no início de 2023. Ela então passou por um tratamento que envolveu quimioterapia, radioterapia e uma extensa cirurgia. Além da operação retirar o tumor localizado no reto, a cantora também passou por uma histerectomia – ou seja, a remoção do sistema reprodutor feminino.
Um ano após a importante cirurgia, porém, exames de rotina detectaram novos focos da doença. Atualmente, o câncer de Preta Gil tem metástases no peritônio, no ureter e em linfonodos. O tratamento, agora, visa manter a doença sob controle.