A hipertensão não tem causa específica e atinge, em média, uma em cada quatro pessoas. “O único tratamento eficaz é a mudança no estilo de vida e as consequências são graves e podem ser irreversíveis”, afirma a médica e dirigente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Frida Plavnik. Segundo a profissional, o estresse, o sedentarismo e a má alimentação são fatores agravantes da doença que se desenvolve silenciosamente.
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Sintomas de pressão alta
“Sintomas só podem ser sentidos quando a doença já está instalada ou quando se tem uma elevação muito abrupta da pressão”, esclarece a especialista. Tontura, dor de cabeça, esquecimento e falta de ar são indicativos graves. “Não é aconselhável deixar chegar nesse ponto”, alerta. Por isso, se você tiver sentindo alguns desses sintomas, é recomendável procurar um médico.
Cuidados
A importância de cuidados e atenção diária é fundamental para evitar que a hipertensão se instale. Plavnik recomenda que se tenha por hábito medir a pressão em casa ou em um posto médico. “Se você leva uma vida saudável, faça uma vez por ano. Se já demonstra tendência para a hipertensão, meça com frequência”, aconselha. Isso porque o organismo tende a se adaptar para compensar o aumento da pressão e quando você percebe pode ser tarde demais.
Riscos da hipertensão
O preço pela falta de cuidado com hábitos e estilo de vida pode ser grande. “A pressão alta afeta vasos sanguíneos, coração, cérebro e rins. Se o dano for no cérebro, pode causar um AVC. Se for no coração, um enfarto. Pode comprometer o trabalho dos rins, causando até a paralisação”, alerta a especialista. Outro risco que chama a atenção é o das doenças associadas. “70% dos hipertensos, invariavelmente, são candidatos a outras doenças como colesterol, diabetes e excesso de peso o que aumenta a vulnerabilidade e reduz a capacidade de recuperação”, conclui.