Muitas mulheres têm vergonha de ir ao ginecologista por não se sentirem confortáveis em relatar informações de suas vidas íntimas. Mesmo aquelas que vão às consultas muitas vezes se sentem constrangidas e acabam omitindo informações importantes do médico, colocando em risco a própria saúde.
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Dados como histórico familiar, atividade sexual e hábitos como fumar e beber são decisivos, por exemplo, para que o profissional eleja o método contraceptivo mais adequado.
Além disso, segundo explica o Dr. Jarbas Magalhães, presidente da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), muitas pacientes deixam de fazer perguntas por conta da timidez e acabam não informando sintomas de possíveis DSTs e deixando passar dúvidas sobre o uso correto de anticoncepcionais, correndo o risco de ter uma gravidez indesejada.
“A ideia é sanar todas as dúvidas com o médico e deixá-lo munido de dados que o auxiliem em qualquer tipo de diagnóstico. O bate-papo precisa acontecer de forma honesta, natural e, sobretudo, livre de preconceitos, para uma boa troca de informações”, ressalta Dr. Jarbas. “Além disso, um diálogo franco com o médico pode ajudar a paciente a desmistificar tabus que envolvam o órgão feminino, ajudando-a a se conhecer melhor”, completa.
O que o ginecologista vai me perguntar?
A fim de desmistificar a consulta ginecológica e incentivar as mulheres a terem um contato próximo com o médico, além de prepará-las para responder perguntas pertinentes, o especialista listou os questionamentos que o ginecologista pode fazer durante o encontro. Esteja pronta para fornecer as seguintes informações:
Como é seu estilo de vida? O médico vai querer saber como é sua rotina, ritmo de trabalho e hábitos alimentares, se você pratica exercício físico, etc.
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Você fuma, bebe ou usa drogas (mesmo que esporadicamente)?
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Qual é sua idade e peso?
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Você faz uso frequente de alguma medicação? Tem alergia a algum remédio?
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Qual é sua orientação sexual? O médico irá perguntar sobre suas práticas sexuais, se você tem um ou vários parceiros, se tem o costume de usar camisinha, etc.
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Histórico de doenças e familiar: o ginecologista precisa saber sobre histórico de doenças crônicas, câncer, doenças cardiovasculares, trombose, diabetes e hipertensão.
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Histórico de gravidez: já esteve grávida, tem filhos, já passou por aborto espontâneo ou provocado e tem cirurgias anteriores?
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Qual é seu estado civil? Pretende engravidar, seja em curto, médio ou longo prazo?
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Você sofre de dores de cabeça intensas?
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Para você, o que é importante em um método anticoncepcional: discrição, regulação do ciclo menstrual, praticidade, etc.?
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Você se considera disciplinada ou esquecida? Isso é importante para determinar se o método contraceptivo será de uso diário, mensal ou outro.
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Você tem predisposição para infecções sexualmente transmissíveis? E a diarreia e vômito? Essas questões também são importantes para a escolha do anticoncepcional.
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Você se sente confortável em praticar masturbação? Tem esse hábito?
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Você sente dor durante o sexo? Essa informação é relevante para investigar possíveis doenças ou problemas na região íntima.
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