Parto de Virginia foi marcado por muitos convidados, parentes e amigos – algo que levantou dúvidas na web sobre a segurança de ter muitas visitas no pós-parto
Virginia e Zé Felipe deram as boas-vindas ao caçula, José Leonardo, em meio a um grande “evento”. O casal fechou um andar inteiro da maternidade para a chegada do bebê, e Virginia teve alguns entes queridos acomodados nos quartos – e, após a apresentadora ficar doente, a situação gerou dúvidas no público.
Entenda abaixo o que é considerado seguro para mães e bebês no período pós-parto, segundo médicos.
Virginia doente no pós-parto levanta dúvidas
Dias após dar à luz José Leonardo, seu terceiro bebê com Zé Felipe, Virginia ficou bastante doente. No Instagram, ela surgiu contando que passou mal, fez exames e que teria contraído a virose que as filhas tiveram recentemente.
Ao falar sobre o caso, a influencer frisou que, como Maria Alice e Maria Flor tiveram a virose bem antes do parto, ela não contraiu o vírus das filhas ao recebê-las na maternidade, mas sim antes de dar à luz José.
Ainda assim, pelo fato de que a apresentadora do SBT esteve cercada de pessoas após o nascimento do bebê, internautas se questionaram sobre o quão seguro para a saúde é receber visitas no pós-parto.
Isso se intensificou quando, após receber alta da maternidade, Virginia teve de voltar ao hospital. A nova passagem pelos médicos, no entanto, aconteceu devido a uma reação alérgica. O excesso de visitas não foi apontado pela influenciadora como causa dos problemas de saúde.
Visitas na maternidade: riscos
De acordo com o médico Ricardo Porto, ginecologista e obstetra membro da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), há muito a se considerar quando o assunto é visitar uma mulher puérpera e seu bebê.
Um dos grandes motivos é o fato do recém-nascido ter o sistema imunológico (ou seja, as defesas do corpo) mais frágil. “Apesar de ele receber anticorpos da mãe, não tem o sistema imunológico amadurecido, então está mais predisposto a infecções”, afirma.
Além disso, o médico frisa que a mãe, nesse momento, também fica mais vulnerável a infecções – além, é claro, dos fatores psicológicos e emocionais relacionados ao puerpério. “É de se respeitar não só por risco de infecção, mas entender que essa mãe, diferentemente da visita, muitas vezes passa a noite sem dormir”, pontua o especialista.
Ter muitas visitas no pós-parto é seguro?
Segundo o médico, devido a todos esses fatores, é importante limitar a quantidade de visitantes. Isso porque uma quantidade maior de pessoas intensifica um risco já existente e a possível circulação de vírus ou bactérias.
“Com muitas pessoas, você aumenta o risco de trânsito de germes. Isso é transmitido pelas gotículas que a gente, sem perceber, acaba expulsando”, declara o obstetra, frisando que, além disso, é importante cumprir algumas recomendações ao visitar uma mãe puérpera e seu bebê.
Como diminuir riscos a mãe e bebê
Para assegurar segurança nesse momento, indica-se:
- Limitar as visitas a poucas pessoas (as com quem se tem mais proximidade);
- Uso de máscara cirúrgica durante a visitação;
- Atenção com a higiene das mãos antes da visita;
- Cuidado ao se aproximar do bebê (pessoas “de fora” não devem beijar ou acariciar muito o rostinho do recém-nascido);
- Não fazer a visita se estiver com sintomas gripais ou gastrointestinais;
- Aguardar ao menos cinco dias após um diagnóstico de influenza ou Covid-19 para visitar alguém (desde que sem sintomas e com testagem negativa).
O médico frisa também que, com exceção de pessoas muito próximas, recomenda-se aguardar ao menos 40 dias depois do parto para fazer visitas. Isso porque, antes desse período, a família ainda costuma estar em adaptação e lidando com o ápice da privação de sono.
É também nesse período que o bebê toma as primeiras vacinas, algo que fortalece o sistema imunológico dele e o torna mais seguras as visitas no pós-parto.