Conhecer os perigos do açúcar é primordial para a saúde de muitos. Se pode ser fatal quem sofre com doenças, como a diabetes, deve ser esquecido por quem têm tendência a ganhar quilos extras. Mas há também os dependentes de açúcar. Desde crianças que entre um bolo e outro, todos nós somos seduzidos pela frutose, que sim, causa dependência. E apesar da dependência do açúcar ser parte integrante da nossa sociedade, não há uma definição mais séria a respeito. Se por exemplo, viciados no álcool são chamados de alcoólatras, pelo mal que provoca no organismo, também deveria ser criada a definição “ açúcolatra”.
Por quê o açúcar faz mal?
O açúcar aumenta o nível calórico, desequilibrando o peso do corpo. Quem come muitos produtos de confeitaria ou sorvetes, num exemplo, naturalmente, deixa de comer alimentos saudáveis, prejudicando a nutrição do organismo. A consequência é um sistema imunológico debilitado.
O açúcar em excesso desencadeia ou agrava qualquer inflamação que esteja ocorrendo no organismo. Também inibe os hormônios de crescimento, levando o corpo a envelhecer de maneira mais acelerada.
Para ter uma compreensão mais ampla, basta saber que o açúcar promove a glicação no corpo humano. Durante esse processo as moléculas de açúcar tratam seu corpo como se fosse um buteco de solteiros. Quando chegam na corrente sanguínea, começam a procurar coisas para se conectarem, e neste caso, a proteína mais boazona do pedaço são as moléculas de gordura. Quando elas se unem, é que se dá a glicação. E essas moléculas glicadas saem pelo corpo exatamente como marinheiros bêbados: quebrando tudo e fazendo chichi onde não devem. A fase seguinte é a produção de compostos tóxicos, que podem provocar danos irreversíveis na saúde humana. Não se pode esquecer, ainda, do aumento de insulina. Em suma, saúde e açúcar não combinam.
Doce veneno
Conforme informações retiradas de um trecho do livro ” Plano para sair do veneno doce”, de David Gillespie (Editora Viking), há que ter a atitude e estratégia para livrar-se dos doces. Quem precisa fazer dieta, por regra, são os que mais sofrem quando trata-se de eliminar o açúcar. O sentimento de privação desta substância dispara a vontade de obtê-la, levando muitos a fracassar. O segredo é não sentir-se privado de nada. Não veja o açúcar como uma tentação a ser superada, mas como uma tentativa de envenenar a própria saúde. Soa um pouco exagerado? É essa ideia!
Um passo decisivo na erradicação do açúcar da sua vida é conhecer os hábitos associados. Um bom exemplo? Assistir TV para relaxar comendo um chocolate (é o amargo que faz bem). A questão é que sua mente já associou o relaxar em frente à TV com o consumo de petiscos saborosos (leia-se doces).
E é assim que ficamos dependentes, deixando que os vícios estejam ligados a outras experiências, que são formas de prazer, e depois fica impossível praticar um sem que o outro esteja presente. Para driblar: no momento de fazer compras, em vez da sessão de doces, visite a de frutos secos. Nozes e amêndoas são ótimos substitutos. Esteja consciente que é a destruição do hábito que vai determinar o sucesso ou fracasso na luta contra o açúcar, mesmo em tempos de pressão exagerada, como páscoa, aniversários e natal.
Todos sabem que um pudim delicioso é muito mais atrativo que uma salada de espinafres. Mas ainda que não seja tão divertido substituir a Coca-Cola pelo copo d`água, é a prática que leva a perfeição. Para colocar em prática a metodologia de frutose free, faça um limpa no armário e na geladeira. Ainda que enfrente algumas semanas de perigo iminente, é uma questão de tempo para dar um click no organismo, e adeus vontade de açúcar.
A estratégia
Para saciar a necessidade de frutose, escolha as frutas, como a maçã, pera ou banana. A frutose das frutas é facilmente assimilada pelo organismo. Além disso, são ricas em fibras e água, o que vai aliviar o processo de digestão, sem o risco de acúmulo de toxinas. O mesmo se aplica aos legumes. Os frutos secos e sementes, como o pistache, são os mais escolhidos por quem luta contra o açúcar. Saudáveis, são petiscos que podem estar sempre à mão, tornando a substituição um processo menos árduo. Basta ter poder de escolha sobre o que leva à boca.
Nível de segurança
A Organização Mundial da Saúde sugere que o nível seguro de açúcar, diário, não pode ultrapassar 50 gramas, ou a quantidade de uma garrafa de refrigerante de 250 ml. Pessoas que estão acima do peso, com doenças cardíacas ou diabetes, não devem ultrapassar 5% deste total.