Quando a mulher chega à sua última menstruação, geralmente entre 45 e 55 anos, o corpo sofre mudanças típicas do anúncio da menopausa, como ondas de calor, alterações do sono e diminuição da libido. Sinal de que o organismo está produzindo menos hormônios femininos.
Em consequência, o órgão genital tende a ficar mais ressecado, o que favorece a incidência de uma doença muito comum neste período: a infecção urinária.
Infecção urinária na menopausa
O hormônio responsável por lubrificar a região da vagina e da uretra é o estrogênio, que também está relacionado com o controle da ovulação – atividade que o corpo da mulher para de desenvolver durante a menopausa. Sem o estrogênio, as partes íntimas sofrem alterações no nível do pH e também na flora vaginal, que ajuda a prevenir doenças. Assim, a mulher fica vulnerável a infecções no local.
“Com a redução da quantidade de lactobacilos, bactérias que oferecem proteção natural, o organismo fica mais suscetível à Escherichia Coli, responsável por 80% dessas infecções”, explica a ginecologista Daniela Gouveia da Aché Laboratórios.

Como prevenir?
A infecção urinária é caracterizada por dores na hora de ir ao banheiro e pode causar febre e corrimento sanguíneo em casos mais graves. Deve ser tratada com antibióticos e acompanhamento médico, e quanto antes for diagnosticada, melhor.
Mulheres na menopausa podem se prevenir usando lubrificantes vaginais nas relações sexuais e fazendo reposição hormonal local, para restabelecer a flora vaginal. Tomar bastante líquido e reforçar a higiene nas partes íntimas também ajuda a prevenir e tratar o problema.
Já aquelas com histórico de infecção urinária têm mais chance de contrair a doença novamente durante a menopausa, e por isso devem ficar mais atentas. O mais importante, contudo, é manter o acompanhamento ginecológico com regularidade mesmo depois de parar de menstruar.