Em 25 de novembro de 2017, nasceu a pequena Emma Gibson, filha de Tina e Benjamin Gibson, norte-americanos de Tennsesse (Estados Unidos). O acontecimento virou notícia por ser resultado da fertilização de um dos embriões mais antigos de que se tem registrado, congelado em 14 de outubro de 1992, há mais de 24 anos.
“Você percebe que eu tenho apenas 26 anos? Eu poderia ter sido melhor amiga desse embrião”, brincou Tina, mãe de Emma, em entrevista ao canal CNN. “Eu só queria ter um filho, não me importo se é ou não um recorde mundial.”
Embrião congelado por 24 anos
O caso também surpreende e emociona profissionais de saúde que estiveram envolvidos com a família. À CNN, a diretora de laboratório de embriologia do Centro Nacional de Doação de Embriões, nos Estados Unidos, Carol Sommerfelt, disse que o nascimento de Emma comove pelo tempo em que seu embrião e de seus “irmãos” estiveram congelados.
Quando Emma ainda era um embrião, ela foi congelada com mais três embriões do mesmo casal doador. Criados a partir de fertilização in vitro por esse casal anônimo, os embriões ficaram armazenados para que pudessem ser usados por quem precisasse.
Até então, o embrião mais antigo que vingou em um nascimento também foi nos Estados Unidos e ficou congelado por 19 anos, segundo a CNN.
Por que decidiram ‘adotar’ um embrião?
Tina e Benjamin Gibson optaram pela adoção de um embrião por conta de uma condição genética grave de Benjamin, a fibrose cística, que pode causar, entre outras consequências, a infertilidade.
Recorde mundial
Quando o casal precisou escolher o perfil de seus doadores, começou por definir um porte físico semelhante ao deles e depois seguiu analisando o histórico familiar dos doadores.
Apenas quando estavam prestes a fazer a transferência foi que a médica explicou que se tratava de um recorde mundial.

No entanto, alguns especialistas, de fora do caso Gibson e que foram ouvidos pela CNN, afirmam que é quase impossível garantir a idade do embrião, já que as empresas não são obrigadas a informar ao governo a idade da célula. Portanto, nenhum órgão faria esse registro.
Foram transferido três embriões para Tina, mas apenas um implantou – uma situação muito comum, já que a taxa de implantação é bem-sucedida em 25% e 30% dos casos.