Hoje com 79 anos, o jornalista vive em meio à natureza desde que descobriu a demência frontotemporal
Conhecido especialmente pelo quadro “Me Leva, Brasil” do “Fantástico” (Rede Globo), Maurício Kubrusly foi recentemente homenageado pelo programa do qual fez parte. Isso porque, longe da vida pública, ele vive hoje no interior da Bahia desde o diagnóstico demência frontotemporal (DFT), mesma doença degenerativa que o ator Bruce Willis. Entenda o quadro abaixo:
O que é a doença de Maurício Kubrusly?
Prestes a se tornar tema de um documentário da Globoplay, o jornalista Maurício Kubrusly leva uma vida bem diferente do que costumava ter na época do “Fantástico”. Atualmente com 79 anos, Kubrusly mora em Serra Grande, no interior da Bahia, e ele tomou a decisão de ir para lá após ter o diagnóstico de demência frontotemporal.
Segundo as informações mais recentes sobre ele, que vive com a esposa, Beatriz Goulart, e o cãozinho, Shiva, o jornalista perdeu boa parte das lembranças devido à doença. Esse quadro, inclusive, é o mesmo com o qual o ator Bruce Willis foi diagnosticado entre 2022 e 2023, e que o fez se afastar do ofício, vivendo recluso com a família.
Demência frontotemporal (DFT): o que é?
Segundo a The Association for Frontotemporal Degeneration, órgão norte-americano voltado para conscientização sobre a doença, a demência frontotemporal é o tipo mais comum da doença entre quem tem menos de 60 anos de idade. Assim como outros tipos de demência, essa é uma doença neurodegenerativa – ou seja: que prejudica as estruturas saudáveis do cérebro e atrapalha seu funcionamento.
Diferentemente do Alzheimer, essa doença tende a acontecer mais cedo na vida. Além disso, ela se manifesta em alterações de comportamento, de fala e de movimento. Isso causa sintomas como afasia (dificuldades para transformar pensamentos em palavras e compreender as falas de outras pessoas).
Essa doença é progressiva e incurável. Sendo assim, o paciente tende a desenvolver problemas para se planejar e organizar o dia a dia. Além disso, ele também pode passar a ter comportamentos vistos como inapropriados, ter dificuldades para se comunicar e perder a memória.
O tratamento da DFT é feito de forma a amenizar o impacto da doença na vida do paciente e seus familiares. Não existe remédio específico para essa condição, mas algumas atividades e terapias podem ajudar a entreter a pessoa, provocar sensações de nostalgia nela e contornar certos comportamentos difíceis.
