
Recentemente, a atriz Marina Ruy Barbosa foi questionada sobre ter feito preenchimento labial e, em um pequeno desabafo feito no Twitter, ela revelou que a alteração na aparência de seus lábios havia ocorrido por consequência de uma doença que, apesar de não ser muito séria, é bem incômoda de se tratar: o herpes labial.
Marina Ruy Barbosa com herpes labial
Após ser questionada na rede social sobre ter feito uma alteração estética na boca, Marina contou que tem herpes, e que lidar com este problema é bem chato. “Não é botox não. Tomara que vc nunca tenha, dói bastante, tem que tomar um bando de remédio e é feinho”, explicou ela, se referindo às erupções características desta doença.

Herpes labial: o que é?
O herpes labial é uma doença transmissível e causada por um microrganismo chamado Herpes Simples HSV-1. O contágio ocorre pelo contato com a saliva (seja ele direto ou por gotículas expulsas durante a fala) ou a pele de uma pessoa contaminada e, segundo o dermatologista Daniel Dziabas, esse processo normalmente ocorre durante a infância.
Conforme explica o especialista, isso se deve ao fato de que crianças tendem a ter mais contato com as secreções orais umas das outras – mas ter o vírus não significa que a doença irá se manifestar. “Apenas 20% das pessoas desenvolve a doença. Outros 80% permanecem com o vírus ‘adormecido’ no corpo por vários anos”, explica ele.
Ainda que a transmissão da doença poder ocorrer quando ela não está ativa, quando o herpes está aparente na forma de suas típicas lesões, o risco de contágio é ainda maior. “O líquido que sai da vesícula do herpes é repleto de vírus”, diz ele, reforçando que, em adultos, a transmissão costuma ocorrer através de beijos ou compartilhamento de objetos como talheres e copos.

Causas
Enquanto a contaminação pelo herpes se dá a partir do contato com a saliva ou pele de uma pessoa infectada, o “despertar” do vírus pode ser desencadeado por uma série de fatores. De acordo com informações do Hospital Sabará, eles são:
- Exposição excessiva ao sol;
- Exposição excessiva a frio e vento;
- Momentos de estresse intenso;
- Febre decorrente de algum quadro simples, como resfriado ou dor de garganta;
- Falta de descanso;
- Desordens hormonais;
- Queda na imunidade;
- Uso de certas drogas.

Sintomas
A principal manifestação do herpes labial é o aparecimento de dolorosas lesões (como bolhas disformes) na região, que podem, inclusive, ir além dos lábios. “A infecção também pode acometer outras áreas como gengiva, faringe, língua, céu da boca, interior das bochechas e, às vezes, a face e o pescoço”, comenta o médico.
Tratamento
De acordo com o médico, o herpes não tem cura e pode se manifestar várias vezes ao longo da vida da pessoa infectada – mas isso não significa que não é possível tratar as “crises”. Ele explica que esse tratamento dura cerca de sete dias e é feito a partir de medicamentos como antivirais que podem ser tanto de uso tópico como administrados por via oral.
Além de fazer o tratamento correto (que deve ser adequadamente indicado por um profissional), o dermatologista também avisa que, a partir do surgimento das feridas, é preciso evitar excesso de estresse e ansiedade, manter a hidratação dos lábios, usar protetor solar e evitar exposição solar prolongada.
Caso as “crises” se repitam com muita frequência, porém, o médico afirma que é preciso considerar um problema de imunidade e buscar um médico infectologista ou dermatologista para investigar.

Herpes labial x herpes genital
Embora o herpes labial e o genital se manifestem em locais diferentes e normalmente sejam causados por vírus diferentes, é possível que, através do sexo oral sem proteção, o HSV-1 se espalhe da boca para os órgãos genitais. A manifestação da doença, no entanto, é a mesa: o surgimento de feridas nas partes íntimas.
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