Mancha preta na pele: 2 tipos normais e 2 que podem indicar doenças mais sérias

O surgimento ou aumento de manchas ou pintas na pele costumam causar preocupações, especialmente se são escuras ou mesmo pretas. Nem sempre a marca está relacionada a algum problema de saúde, mas consultar um especialista e realizar exames é importante para saber se a mancha escura é algo normal ou se, de fato, indica uma doença.

Mancha escura na pele: o que pode ser

A maioria das pintas e manchas escuras que aparecem na pele são resultado da genética e da exposição solar, principalmente se possuem um formato regular. As pequenas marcas são chamadas de nevos melanocíticos e, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), podem ou não ser salientes.

Ficar atento aos sinais escuros que surgem na pele, perceber se eles aumentam de tamanho ou mudam de coloração é, juntamente com avaliação constante de um dermatologista, de extrema importância para descartar possíveis condições de saúde.

Causas normais

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Uma mancha ou pinta escura ou preta, elevada ou não, que é pequena, tem formato simétrico e borda regular e bem delimitada normalmente se trata de algo clinicamente conhecido como nervos normais que, como o nome indica, é bastante comum: um adulto jovem possui entre 10 e 20 pintas deste tipo no corpo.

Esses nevos se concentram geralmente em regiões que ficam mais expostas ao sol, como rosto, tronco, braços e pernas. As manchinhas aparecem até os 35 ou 40 anos de idade, são semelhantes entre si e normalmente não apresentam evolução, nem em tamanho, nem em formato ou coloração.

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Uma mancha de coloração acastanhada, amarronzada ou negra, de aspecto verrucoso, pode indicar uma ceratose seborreica. Segundo a SBD, trata-se de uma lesão benigna da pele, arredondada ou irregular, que parece principalmente na face e tronco, podendo ou não crescer e se tornar volumosa.

Geralmente de origem genética, as lesões deste tipo só exigem tratamento se trazem desconforto e prurido para os pacientes. Caso a pessoa opte por tratar, a terapia pode ser feita com crioterapia, eletroterapia ou cauterização química com ácidos.

Causas que pedem atenção

Manchas escuras ou pretas maiores, que podem ser irregulares no formato e possuir vários tons merecem atenção extra. Elas podem, por exemplo, ser nevos displásicos (ou atípicos), que podem parecer um melanoma. Geralmente é hereditário e pessoas com histórico familiar de melanoma são mais propensas a desenvolver a condição.

Segundo pesquisas, pessoas com dez ou mais nevos displásicos possuem 12 vezes mais chance de desenvolver melanoma, o tipo mais agressivo de câncer da pele, aponta a Sociedade Brasileira de Dermatologia. É aconselhável, portanto, avaliar as características da mancha com um especialista.

A presença de uma manchinha irregular com vários tons de marrom, preto ou azul-marinho podem indicar melanoma, um tipo câncer de pele que tem incidência maior em pessoas com histórico familiar da doença, afirma Aldo Toschi, diretor da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).

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Se você deve procurar um especialista se notar que uma determinada pinta cresceu muito rápido, principalmente no rosto e no nariz, pois há grandes chances de ser câncer de pele, uma vez que estas são as regiões que recebem mais sol e, em 98% dos casos, o câncer é causado pelo sol, diz a dermatologista Samantha Enande.

O melanoma deve ser tratado com cirurgia que, em alguns casos, precisa ser ampliada para evitar a reincidência do tumor e/ou sua progressão para os linfáticos e outros órgãos do corpo.

Dúvidas sobre câncer de pele