Mulheres que usam ou usaram anticoncepcional hormonal, incluindo pílulas, adesivos, anéis vaginais, implantes e injeções, têm mais chances de desenvolver câncer de mama do que aquelas que nunca fizeram uso do medicamento.
A conclusão é de um novo estudo, que acompanhou que analisou informações de 1,8 milhão de mulheres na Dinamarca por quase 11 anos. Segundo os pesquisadores, os riscos tendem aumentar conforme a idade e o tempo de uso do medicamento.
Ainda assim, os cientistas descartam a necessidade de pânico ou a parada da pílula por conta própria, sem falar com o médico. De acordo com o grupo de pesquisadores, a incidência de câncer de mama é baixo e aumento absoluto dos casos observados foi considerado pequeno.
Relação entre anticoncepcional e câncer de mama

Conforme artigo publicado no jornal científico “The New England Journal of Medicine”, embora o risco absoluto de desenvolver câncer de mama entre as mulheres seja baixo, aquelas que são ou foram até recentemente usuários métodos anticoncepcionais hormonais têm cerca de 20% a mais de desenvolver câncer de mama que as que não usam.
Risco é maior para mulheres acima dos 40 anos
Para compor o estudo, os cientistas acompanharam todas as mulheres na Dinamarca de 15 a 49 anos que não tinham câncer, coágulos nas veias ou que tivessem feito tratamento para a infertilidade.
Ao final dos 11 anos de acompanhamento, a maior incidência de câncer de mama foi em mulheres que faziam o uso do medicamento oral após os 40 anos de idade.
Pílula não deve ser condenada
Por outro, lado o uso contínuo de métodos anticoncepcionais hormonais foi relacionado a baixa incidência de sangramento, dores menstruais, endometriose e até mesmo câncer de ovário, em mulheres que possuem alto risco genético.

Devido a baixa incidência de casos de câncer, o artigo não busca condenar o uso do método anticoncepcional, mas sim alertar para as implicações na saúde de quem ainda não faz uso do medicamento e não possui recomendação médica de fazê-lo.
Atualmente, as mulheres podem contar com outras opções, que não as hormonais, como DIU de cobre, preservativos ou mesmo ligadura de trompas, caso a mulher já tenha filhos.
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