Ainda há quem acredite que é preciso lavar muito as partes íntimas para evitar doenças. Porém, essa perigosa prática acarreta prejuízos para a saúde. Entenda:
Excesso de higienização muda o pH vaginal
Segundo o ginecologista e obstetra Marcos Tcherniakovsky, responsável pelo setor de vídeo-endoscopia ginecológica da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, lavar demais a vagina e a vulva é ruim porque modifica o pH vaginal.
Em consequência, o ambiente íntimo se torna impróprio para os micro-organismos benéficos que o habitam. Eles têm a função de combater os micróbios maléficos, então seu enfraquecimento deixa o organismo exposto a doenças.
É o caso do fungo causador da candidíase: ele habita naturalmente o organismo, mas o pH alterado propicia sua proliferação e gera a micose, a qual se manifesta por coceira e corrimento esbranquiçado.
Lavar o pênis demais gera fissuras
Já o urologista César Milton Marinellim, da Clínica Genics, explica que o excesso de lavagem do pênis remove a camada protetora da mucosa e gera pequenas fissuras que servem de porta de entrada para infecções, como as doenças sexualmente transmissíveis (DSTs).
Há jeito certo de lavar: protege a saúde
Além da higiene diária, uma vez ao dia, as genitálias devem ser lavadas após as relações sexuais.
Para ambos os sexos, vale não exagerar na quantidade de sabonete e usar somente produtos permitidos para a limpeza íntima, o que pode ser indicado por um especialista.
Já para as mulheres, vale uma dica preciosa: apenas a parte externa da vagina, chamada de vulva, deve ser lavada. Ou seja, o canal vaginal não deve ser higienizado, a não ser que haja orientação médica.
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