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A cantora Kelly Key revelou aos seus seguidores que descobriu um problema em sua tireoide após notar que estava com dificuldade para emagrecer.
Apesar de fazer dieta e exercícios físicos, a artista conta que estava “empacada” no mesmo peso e, ao investigar as possíveis causas, detectou que estava com hipotireoidismo, uma disfunção na glândula tireoide que prejudica o funcionamento do metabolismo.
“Vocês lembram que eu estava empacada nos 78 quilos? Em agosto [de 2017], ainda pesava 78 quilos. Depois, atacamos em tratamento para a tireoide e hoje estou pesando 72 quilos”, afirmou a artista através de postagens no InstaStories. “É importante investigar e tratar”, finalizou.
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A má função da tireoide gera uma série de consequências no corpo, que vão das mais sutis – como aumento da fome e do cansaço – às mais incômodas – como ganho de peso, problemas de pele e até mudança na temperatura corporal.
Em muitos casos, os sinais são ignorados, ou atribuídos a fatores do dia a dia, como estresse e falta de sono.
Hipotireoidismo
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A tireoide é uma glândula localizada no pescoço e responsável pela produção de hormônios que influenciam em diversas funções do corpo, como a velocidade do metabolismo e o funcionamento do cérebro, do coração e de outros órgãos vitais.
A disfunção da tireoide pode causar alguns problemas de saúde. No caso de Kelly Key, segundo informou a própria cantora em suas redes sociais, o hipotireoidismo.
O quadro é caracterizado pela produção insatisfatória de hormônios importantes como T4 e T3. Assim, o organismo passa a funcionar mais lentamente.
Ganho de peso
“A relação da tireoide com o ganho de peso é muito complexa. Há, de fato, uma certa influência da glândula no metabolismo basal. Mas o quanto interfere, de fato, no peso varia de acordo com a rotina de cada pessoa”, afirma a endocrinologista Cassandra Lopes.
Há pessoas que têm um hipotireoidismo grave, mas que não ganham peso algum. Mas há quem tenha um leve grau da doença e acabe ganhando mais peso.
“Isso significa que depende muito de outros fatores, não é só o funcionamento da tireoide que determina ganho ou perda de quilos, apesar de facilitar”, afirma.
A endocrinologista Danielle Macellaro, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que o que ocorre na verdade é acúmulo de proteína nos tecidos e inchaço.
“Na realidade não há ganho de gordura corporal, mas um edema”, esclarece.
Como identificar?

O hipotireoidismo pode causar inúmeras modificações no organismo, sendo as principais:
- Fadiga
- Queda no desejo sexual
- Aumento da fome
- Enfraquecimento de unhas e cabelo
- Diminuição do ritmo cardíaco
- Depressão
- Piora da memória
- Alteração no funcionamento intestinal
- Ressecamento de pele
- Aumento do colesterol
Por poder apresentar tantos sintomas físicos, Cassandra Lopes afirma que somente exames como dosagem do TSH e ultrassonografia da tireoide podem cravar o diagnóstico de disfunção na tireoide.
Por que o hipotiroidismo acontece?

A medicina ainda não descobriu exatamente a causa do hipotireoidismo. No entanto, sabe-se que pode acontecer de maneira transitória ou não.
Pessoas com doenças autoimunes, como a síndrome de Hashimoto, estão mais propensas a desenvolvê-la. Quem já fez radioterapia, tem deficiência de iodo, faz uso de determinados medicamentos ou tem casos da doença na família também está no grupo de risco.
O estresse também é um fator que pode causar lesões na tireoide e, com o passar dos anos, comprometer seu funcionamento adequado.
Doenças como depressão também alteram a produção de hormônios da tireoide e podem, consequentemente, afetar o ganho de peso.
Como é o tratamento?

É sempre feito com auxílio de hormônios para compensar o desequilíbrio na produção natural.
“A inflamação da glândula em si não é tratada, só em casos em que a pessoa sente um desconforto na região do pescoço”, diz Cassandra.
Nos casos em que a doença não for transitória, é possível que o paciente precise fazer uso da medicação pelo resto da vida.
Tem cura?
É possível que o problema na tireoide se estabilize ou mesmo que seja indicada a suspensão do uso de hormônios, assim como pode ocorrer também avanço do quadro.
Por isso, é importante fazer um constante monitoramento da glândula junto com um médico, que irá avaliar possíveis mudanças no tratamento.
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