Graças à hipertrofia mamária, uma doença raríssima, os seios de Thaynara aumentaram exageradamente de tamanho em apenas seis meses, chegando ao ponto de gerar grave impacto no bem-estar dela
Thaynara Marcondes estava no início da vida adulta quando notou algo inusitado. Os seios dela, que antes tinham um tamanho natural para a idade, começaram a crescer de forma desenfreada, gerando grande prejuízo ao bem-estar. Quase dois anos após o diagnóstico, ela conseguiu operar e retirou impressionantes 10 kg da mama. Mas, afinal, o que é a hipertrofia mamária e por que ela acontece? Entenda abaixo.
Jovem com hipertrofia mamária retira 10 kg de tecido das mamas
Usando o TikTok e o Instagram, a curitibana Thaynara Marcondes vem chamando a atenção desde 2023 devido a uma condição de saúde que fica clara em sua aparência. Após notar que os seios cresciam desenfreadamente, ela recebeu o diagnóstico de hipertrofia mamária e só em 2024, recentemente, pôde operar.
Conforme já contou Thaynara tanto nas redes sociais quanto em uma reportagem da Rede Massa, emissora afiliada do SBT em Curitiba, as mamas cresceram muito em um período de apenas seis meses. Devido ao tamanho dos seios, ela não conseguia praticar algumas atividades físicas (como correr), tinha dificuldades no dia a dia, fortes dores nas costas e apenas um sutiã relativamente apropriado para seu corpo.
No fim de outubro de 2024, no entanto, o tão aguardado momento da cirurgia chegou. Na operação, que durou 10 horas, médicos removeram 10 kg de tecido mamário. Agora, ela está se recuperando, mas já celebrou o alívio com a perda de peso e a possibilidade de vestir roupas que antes não cabiam.
Hipertrofia mamária: quando seios muito grandes são um problema?
Em primeiro lugar, é importante frisar que nem toda pessoa com seios muito grandes tem hipertrofia mamária (também conhecida como ginecomastia). Essa doença é, segundo a Cleveland Clinic, caracterizada pelo crescimento acelerado e desproporcional dos seios ao ponto deles acumularem mais de 2 kg de tecido em excesso.
Outra forma de caracterizar a doença – que é extremamente rara –, é fazer a proporção entre o peso dos seios e o peso corporal. Quando o peso do excesso de tecido mamário representa mais de 3% do peso corporal total, o diagnóstico de ginecomastia pode ser uma possibilidade.
Tipos e causas de ginecomastia
A causa da hipertrofia mamária nem sempre pode ser definida. Segundo a Cleveland Clinic, inclusive, o tipo mais comum da doença é o idiopático – termo que se refere a uma doença cuja causa não pode ser encontrada. Entre as possíveis causas, porém, estão:
- Mudanças hormonais causadas pela puberdade;
- Mudanças hormonais causadas pela gravidez;
- Influência de doenças autoimunes como lúpus ou artrite;
- Uso de medicamentos como penicilamina ou bucilamina;
- Obesidade extrema;
- Fatores genéticos.
Sendo assim, a hipertrofia mamária se divide nos seguintes tipos:
Gigantomastia juvenil
Seios que crescem desenfreadamente durante a puberdade.
Ginecomastia gestacional
Seios que crescem desenfreadamente durante a gravidez;
Ginecomastia induzida por medicamentos
Seios que crescem desenfreadamende devido ao uso de certas medicações.
Ginecomastia idiopática
Crescimento exagerado dos seios sem que haja a possibilidade de definir uma causa específica.
Tratamento para ginecomastia
O tratamento para essa condição de saúde depende muito de cada paciente. Assim como aconteceu com Thaynara, há situações nas quais ele começa com medicamentos que ajudam a frear o crescimento de tecido mamário. Aqui, é possível usar remédios como tamoxifeno, medroxiprogesterona, danazol e bromocriptina.
Há casos em que os medicamentos bastam para impedir a condição de progredir. Em outros, eles devem ser combinados com uma cirurgia de redução de mama. Caso os seios voltem a crescer, pode ser necessário realizar uma mastectomia, cirurgia que remove completamente as mamas.