A bactéria Helicobacter Pylori, popularmente conhecida como H. Pylori, aumenta a produção ácida do estômago ao mesmo tempo em que reduz a proteção natural da mucosa, o que deixa o órgão fragilizado e mais propenso a lesões, abrindo portas para condições como gastrite e úlcera.
De acordo com o oncologista Dr. Manoel Carlos Leonardi de Azevedo Souza, da BP (Beneficência Portuguesa de São Paulo), a H. Pylori é a principal causa do câncer de estômago, mas sua presença no organismo não significa, exatamente, que a pessoa vai desenvolver um tumor.
Qual a relação entre H. Pylori e câncer no estômago

Estudos apontam que metade da população mundial conviva com a H. Pylori no estômago. No Brasil o número pode chegar a até 70%. No entanto, em apenas 1% dos casos a bactéria pode evoluir para câncer de estômago. O H. Pylori positivo apenas indica que a pessoa tem uma chance maior de desenvolver a doença.
A H. pylori é transmitida por meio do contato direto com vômitos ou fezes infectadas ou pelo consumo de água ou alimentos contaminados. A maioria das infecções ocorre na infância, especialmente em ambientes com condições precárias de higiene e saneamento.
H. Pylori: sintomas, diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da presença da bactéria é obtido através de exame de endoscopia, além da identificação dos sintomas, que são:
- Dor abdominal
- Queimação abdominal
- Ânsia
- Vômito
- Perda de apetite
- Sensação de estômago estufado
O tratamento contra a bactéria H. Pylori normalmente envolve o uso de medicamentos antimicrobianos e inibidores de bomba de prótons (IBP) para reduzir a acidez gástrica. Os cuidados podem ser estendidos por até 14 dias e costumam ter 80% de eficácia.
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