É possível engravidar após o câncer de mama? Quanto tempo se deve esperar? Prejudica a amamentação? Entenda

por | out 15, 2024 | Saúde

A gravidez após câncer de mama é um tópico delicado que requer esclarecimento e planejamento prévio

O câncer de mama certamente transforma alguns aspectos da vida da mulher. Com isso, é comum que muitos se perguntem se é possível engravidar após o câncer de mama. A dúvida existe devido não apenas à doença, mas aos tratamentos que fazem parte dessa jornada – mas é preciso frisar que o câncer de mama não é necessariamente uma sentença para mulheres que querem gestar.

Entenda abaixo tudo o que envolve câncer de mama e gravidez, incluindo os possíveis impactos do tratamento na fertilidade, riscos para o bebê e mais.

Gravidez e câncer de mama: tratamento causa infertilidade?

mulher com câncer de mama
(Crédito: Thirdman/Pexels)

O tratamento para câncer de mama impacta, sim, a fertilidade. Segundo a American Cancer Society, a quimioterapia pode prejudicar os ovários – e, além disso, terapias hormonais usadas no tratamento de muitos tipos de câncer de mama podem adiantar a menopausa em algumas pacientes.

Essa infertilidade, no entanto, pode não acontecer de cara, após as primeiras sessões de tratamento. Além disso, ela pode – no caso da infertilidade por quimioterapia – ser transitória. Não é possível, portanto, prever se a paciente ficará infértil após tratar o câncer de mama.

Visto que isso é uma possibilidade, mulheres que têm o desejo de gestar podem fazer um planejamento junto do médico. Esse planejamento pode envolver, por exemplo, a preferência por certos tratamentos quando houver possibilidade, bem com o congelamento de óvulos para, no futuro, gestar a partir de Fertilização in Vitro (FIV).

Gravidez após câncer de mama é possível?

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Mulher grávida (Crédito: Freepik)

Depois de tratar um câncer, a fertilidade da mulher pode ou não seguir prejudicada. A infertilidade causada pela quimioterapia, por exemplo, pode ser transitória. Isso significa que, em muitos casos, quem já teve câncer de mama pode engravidar naturalmente, ter uma gestação segura e um parto tranquilo. Não é possível, no entanto, prever se isso vai ou não acontecer.

É importante ressaltar que durante o tratamento para câncer de mama, engravidar é altamente contraindicado. Isso porque os tratamentos podem, a depender do remédio utilizado e do estágio da gravidez, prejudicar o bebê. Além disso, tanto a doença quanto a gestação exigem muito do corpo, algo que pode gerar prejuízos diversos.

Como não é possível prever se o tratamento deixará ou não a paciente infértil, há a opção de preservar a fertilidade – ou seja, congelar óvulos para o caso de uma gestação natural não ser possível no futuro. No momento do diagnóstico de câncer de mama, portanto, é essencial conversar com a equipe médica e compartilhar os desejos relacionados à maternidade.

Quem faz tratamento de câncer de mama pode engravidar?

mulher com câncer de mama
(Crédito: Michelle Leman/Pexels)

É natural que, durante o tratamento com quimioterapia, a fertilidade da mulher fique comprometida temporariamente (ou permanentemente). Isso, no entanto, pode não acontecer imediatamente após a primeira sessão do tratamento. Sendo assim, é, sim, possível engravidar ao longo do tratamento, especialmente no início – mas não é indicado.

Caso a mulher já esteja grávida ao receber o diagnóstico, o caso é cuidadosamente avaliado por especialistas. Isso porque, passado o primeiro trimestre da gestação, há medicamentos que podem ser utilizados. Ainda assim, tratar o câncer simultaneamente à gestação pode ser arriscado e requer acompanhamento multidisciplinar de perto.

Quanto tempo após o câncer de mama pode engravidar?

(Crédito: SHVETS production/Pexels)

Segundo a American Cancer Society, indica-se que, após vivenciar um câncer de mama, a mulher espere ao menos dois anos depois do fim do tratamento para tentar engravidar. Isso se aplica tanto para uma tentativa de concepção natural quanto para um processo de FIV com óvulos congelados.

Essa recomendação leva em conta estatísticas que mostram que, nos dois primeiros anos após o tratamento, o câncer de mama tem maiores chances de recidiva. Como tratar um câncer na gravidez pode ser perigoso para o bebê, recomenda-se aguardar um momento de menos riscos para gestar.

Histórico de câncer de mama traz riscos ao bebê?

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Mulher grávida com as mãos na barriga (Crédito: Nathana Rebouças/Unsplash)

Estudos apontam uma possível ligação entre histórico de tratamento para câncer de mama e parto prematuro, nascimento de bebê com baixo peso e necessidade de se realizar uma cesariana. Esse histórico, porém, não está relacionado a, por exemplo, maior risco de deficiências para o bebê ou outras condições de saúde que o afetarão a longo prazo.

É possível amamentar após tratamento de câncer?

Mãe amamentando o filho (Crédito: Icaro Mendes/Pexels)

Muitas mulheres conseguem amamentar após o câncer de mama. Quando há histórico de cirurgia ou radioterapia, o seio afetado pode apresentar baixa produção de leite, problemas na pega do bebê e até desconforto ou dor. Não é possível, portanto, prever se isso será possível.

É importante frisar que quem está fazendo tratamentos como quimioterapia ou terapia hormonal muitas vezes não pode amamentar. Isso se deve ao fato de que os medicamentos passam a fazer parte do leite materno, chegando ao bebê por meio da amamentação.

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