Após passar por três cirurgias, incluindo uma com objetivo de reparar definitivamente sua anomalia cardíaca, a filhinha de Juliano Cazarré, Maria Guilhermina, está prestes a passar por outro procedimento. No instagram, o ator e a esposa, Leticia, revelaram que a pequena será submetida a uma traqueostomia – procedimento usado, em geral, para substituir a intubação em pacientes que precisam utilizar ventilação mecânica por períodos prolongados.
Após cirurgia reparadora, filhinha de Cazarré terá que fazer traqueostomia
Recentemente, Leticia e Juliano Cazarré usaram as redes sociais para celebrar que a filha mais nova, Maria Guilhermina, finalmente passaria pela cirurgia de correção da Anomalia de Ebstein, cardiopatia grave com a qual nasceu. Agora, quase um mês após este procedimento, o ator e a esposa anunciaram que a bebê terá de passar por outra intervenção: uma traqueostomia.
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Em seus perfis no Instagram, os pais de Maria Guilhermina explicaram a situação. “Amanhã será um dia de novos desafios, nossa pequena vai passar por uma traqueostomia, mas tenho certeza de que vai vencer, como fez até hoje”, escreveu o casal, agradecendo todo o apoio que a filha recebe de fãs da família e expressando confiança quanto à recuperação dela.
“Maria Guilhermina de Guadalupe! Posso dizer, sem medo de exagerar, que você tem o coraçãozinho mais amado desse Brasil. Quanta gente reza todos os dias pedindo a Deus pela sua vida. É formidável ver de perto tanta gente olhando para o céu por sua causa! […] Obrigada, amigos e amigas pelas orações. Peço que continuem firmes pedindo nnao só por ela, mas por todas as crianças que precisam recuperar a saúde”, escreveram.
Veja o post na íntegra:
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Para que serve a traqueostomia?
A traqueostomia é um procedimento cirúrgico no qual é realizada uma abertura na traqueia, órgão do sistema respiratório localizado no pescoço e em forma de tubo que permite a passagem do ar. Nesta cirurgia, após a abertura da traqueia, uma cânula é inserida no local, permitindo a permeabilidade da via – ou seja, a passagem de ar.
Na época de seu surgimento, no século 18, a traqueostomia era um procedimento usado como último recurso em casos de pacientes com obstruções nas vias respiratórias. Hoje, no entanto, há outras razões pelas quais se utiliza o procedimento, e a lista inclui desde o manejo dos sintomas causados por condições nesta região (como tumores, infecções, entre outros) até a necessidade de ventilação assistida.
De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Pediatria publicadas em uma revisão científica intitulada “Traqueostomia Pediátrica”, o procedimento em crianças é mais comum no caso de bebês com menos de um ano de idade e, geralmente, seu uso tem relação com a necessidade de uso de ventilação mecânica por períodos prolongados.
Tanto pelo fato de que tende a ser mais confortável e segura que a intubação orotraqueal quanto pelo fato de que pacientes – especialmente bebês – não devem ficar intubados por muito tempo, a traqueostomia é uma alternativa a este procedimento, permitindo que a ventilação mecânica ocorra sem a necessidade de inserir um tubo através garganta do paciente.
Segundo um documento do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre o tema, a traqueostomia tende a ser utilizada quando não há previsão de extubação do paciente dentro de um período de 10 a 14 dias. Em seus comunicados sobre o assunto, Leticia e Juliano Cazarré não especificaram o quadro de Maria Guilhermina pré-traqueostomia.
Relembre o quadro da filha de Cazarré
Em junho, logo que Leticia deu à luz Maria Guilhermina, ela e Juliano usaram as redes sociais para afirmar que, conforme já indicado durante o pré-natal, a bebê havia nascido com uma cardiopatia congênita chamada Anomalia de Ebstein. Em casos assim, uma das válvulas do coração aparece em uma posição diferente do normal, algo que impede a passagem correta do sangue e, por consequência, a devida oxigenação da criança.
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Conforme explicou a cardiologista pediátrica Juliana Rodrigues Neves a Tá Saudável na época, a Anomalia de Ebstein pode ter diversas apresentações, sendo a neonatal a de maior gravidade. Isso porque, quando isso acontece, é necessário realizar uma intervenção no recém-nascido o mais rápido possível após o parto – algo a que Maria Guilhermina foi submetida.
Aos três meses de idade, em setembro, o casal usou as redes novamente para afirmar que Maria Guilhermina passaria por seu terceiro procedimento cirúrgico, a chamada Cirurgia do Cone. Nesta operação, os médicos “remodelam” a válvula que não está em seu devido lugar e, com isso, é possível reparar definitivamente o coração. Na ocasião, o par revelou que a cirurgia havia sido um sucesso.