Apesar de ser considerado menos prejudicial que o cigarro tradicional, o cigarro eletrônico (vape) está longe de ser classificado como um dispositivo seguro para a saúde. Um estudo recente mostrou, por exemplo, que fumar cigarro eletrônico tem efeitos graves sobre o coração.
Cigarro eletrônico prejudica a saúde do coração
De acordo com o trabalho científico, conduzido por pesquisadores de Londres e Dinamarca, o cigarro eletrônico pode aumentar o risco de ataque cardíaco ou derrame. Eles revisaram 38 estudos sobre o tema e revelaram que o dispositivo causou danos cardiovasculares em quase três quartos dos testes.
Pesquisas feitas com humanos mostraram que o cigarro eletrônico levou a um aumento da frequência cardíaca e pressão sanguínea, além de enrijecimento das artérias e coagulação anormal.
O cigarro eletrônico também foi responsável pelo aumento do risco de formação de placas nas paredes das artérias, o que pode levar a um ataque cardíaco, segundo os especialistas.
Testes feitos com ratos expostos ao vapor do cigarro eletrônico indicaram que os animais também desenvolveram um acúmulo de placas nas artérias e sofreram danos ao revestimento dos vasos sanguíneos.
Os cigarros eletrônicos são muito menos perigosos para a saúde do que os convencionais, porque não contêm o tabaco que causa câncer de pulmão. No entanto, eles contêm nicotina, que pode estreitar e endurecer as artérias.
Além disso, os aromas dos líquidos utilizados nos cigarros eletrônicos podem danificar os vasos sanguíneos da mesma maneira que as doenças cardíacas. Os produtos químicos usados para dar sabores ao vapor podem também causar inflamação nas células das artérias, veias e coração.
Eles fazem o corpo reagir de uma maneira que imita os primeiros sinais de doenças cardíacas, ataques cardíacos ou derrames, afirmam os pesquisadores.
Atualmente, estão sendo reportados centenas de casos de jovens adultos hospitalizados nos Estados Unidos por problemas respiratórios potencialmente ligados ao uso de cigarros eletrônicos.
No Brasil, a comercialização de cigarro eletrônico é proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009. O órgão justifica o veto afirmando que não é possível determinar riscos potenciais do dispositivo para a saúde.
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