A endometriose é uma doença caracterizada pela presença do endométrio, camada que reveste a região interna do útero, fora do órgão, que provoca cansaço, cólicas frequentes e intensas, dores abdominais, intestino preso ou solto, dor para evacuar durante a menstruação, dores e desconfortos durante o sexo, entre outros sintomas.
A condição é conhecida para cerca de 15% das mulheres entre 15 e 45 anos de idade e, segundo um estudo feito pelo Hospital Universitário de Zurique, na Suíça, existe um grupo de mulheres que corre mais risco de sofrer de endometriose: aquelas que sofreram abuso na infância.
Relação entre endometriose e abuso

A pesquisa comparou dados de um total de 421 mulheres com endometriose com outras 421 que não sofriam da condição e descobriu que aquelas que sofreram abuso ou negligência quando crianças apresentavam maior probabilidade de desenvolver a doença.
As participantes do trabalho científico preencheram questionários sobre sua infância e experiência de abuso físico, sexual e emocional, além de “experiências de inconsistência”, ou seja, sensação de medo e insegurança.

Foi observado então que as mulheres com endometriose tinham maior probabilidade de ter experimentado todas as formas de negligência. Brigitte Leeners, médica condutora do estudo, afirma que a descoberta pode ajudar médicos a pedirem às mulheres com endometriose informações sobre sua infância para que possam, se necessário, ser encaminhadas para cuidados de saúde mental.
Sem cura conhecida, a endometriose é uma doença que pode causar infertilidade, mas não leva à morte. O diagnóstico prévio e o tratamento correto da condição podem amenizar os sintomas e garantir melhor qualidade de vida às pacientes.
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