Eric Dane foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença neurodegenerativa que faz o paciente perder as funções motoras
Aos 52 anos, o ator Eric Dane, famoso por seus personagens em “Grey’s Anatomy” e “Euphoria”, foi diagnosticado recentemente com Esclerose Lateral Amiotrófica. Mas, afinal, o que é essa doença e como pessoas diagnosticadas com ela vivem? Entenda abaixo.
O que é a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença de Eric Dane?

Conhecido especialmente por ter vivido o personagem Mark Sloan em “Grey’s Anatomy”, o ator Eric Dane tem uma doença chamada Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A revelação foi feita por ele à revista “People”, onde ele descreveu o momento como o “próximo capítulo” da vida e pediu privacidade no período delicado.
Mas, afinal, o que é a Esclerose Lateral Amiotrófica? Apesar de ter um nome parecido, a ELA não é a mesma coisa que a Esclerose Múltipla. Ela também é uma doença neurodegenerativa incurável, mas tem prognóstico pior e menos opções de tratamentos que retardam sua progressão.
Isso porque a ELA afeta os neurônios motores, responsáveis por controlar os músculos de movimento voluntário. Sendo assim, com o tempo, o paciente perde a força muscular, resultando em paralisia. Esse quadro tende inclusive a causar insuficiência respiratória e, consequentemente, óbito.

Causas da ELA
A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa que resulta em fraqueza muscular, atrofia e espasmos. Ela não é, porém, autoimune – e suas causas são de difícil identificação. Entre 5 e 10% dos casos têm fatores hereditários envolvidos, enquanto outros são considerados esporádicos (ou seja, não têm uma causa aparente).
Especula-se que fatores genéticos e ambientais, bem como questões como acúmulo anormal de certas proteínas, estresse oxidativo, inflamação crônica e disfunções nas mitocôndrias (estruturas que compõem as células humanas) estejam ligados ao surgimento da doença.

Esclerose Lateral Amiotrófica tem cura?
Atualmente, não existe cura para a ELA. A doença é crônica, progressiva e, infelizmente, tem prognóstico ruim. De forma geral, a média é que pacientes vivam de 3 a 5 anos após o diagnóstico desse quadro. Cerca de 25% deles vivem mais de 5 anos após a descoberta da doença.
Há, no entanto, casos raros nos quais o paciente tem uma sobrevida prolongada. Foi o que aconteceu, por exemplo, com o físico Stephen Hawking, que morreu 55 anos após o diagnóstico de ELA. A doença foi descoberta quando ele tinha 21 anos – e ele faleceu aos 76 anos em 2018.

Como vive um paciente com ELA?
Pessoas que têm essa doença passam a, pouco a pouco, perder os movimentos voluntários do corpo. Esses pacientes passam a precisar de assistência para viver, uma vez que, após algum tempo, podem perder a capacidade de locomoção e até fala.
É comum que pacientes de ELA vivam suas vidas normalmente, apesar de algumas dificuldades, durante um período indeterminado. Eventualmente, porém, as limitações da doença aumentam, podendo levar à necessidade de cadeira de rodas e camas hospitalares.

Sintomas de Esclerose Lateral Amiotrófica
Em geral, os sintomas iniciais da ELA incluem:
- Fraqueza muscular nos membros superiores e inferiores;
- Contrações musculares involuntárias;
- Dificuldade de fala;
- Dificuldade para engolir;
- Cãibras;
- Rigidez muscular;
- Perda de peso e fadiga.
Com o tempo, o paciente tende a perder a capacidade de andar, falar, comer e respirar de forma independente.

Existe tratamento para Esclerose Lateral Amiotrófica?
Como a ELA não tem cura, tratamentos focam em dar qualidade de vida ao paciente. Isso inclui o uso de alguns medicamentos que prolongam a sobrevida em alguns meses, bem como terapias adjuvantes que ajudam o paciente a manter suas funções motoras por mais tempo.
É possível, por exemplo, que médicos prescrevam fisioterapia e fonoaudiologia, bem como acompanhamento psicológico. Devido à forma como a doença afeta o corpo, pacientes também podem precisar de auxílio nutricional. Com isso, é possível adaptar a alimentação do paciente em meio à dificuldade de engolir.
Além disso, o paciente também pode precisar de apoio respiratório com ventilação não invasiva para driblar o declínio da função respiratória natural.