Endometriose é um nome familiar para a maioria das mulheres, mas poucas sabem os sintomas e as consequências desta doença. Ela acontece quando o endométrio, mucosa que reveste o útero e é eliminada durante a menstruação, migra e cresce em outras regiões do corpo, como: ovários, intestino, bexiga e a parte externa do útero.
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Esse tecido fora de lugar adere às paredes dos órgãos, criando nódulos e provocando inflamações que levam a fortes dores. O local e tamanho das lesões classificam o grau da endometriose de leve a severa. Por se tratar de uma condição crônica, não há cura definitiva, apenas tratamentos que melhoram o bem-estar da paciente.
“A endometriose é uma doença séria e grave, 50% das portadoras a apresentam em um grau severo, com dores incapacitantes que reduzem muito a qualidade de vida”, explica a presidente da Endometriose Mulher, associação de apoio às pacientes com endometriose, Maria Helena Nogueira.
Sintomas
O diagnóstico costuma ser difícil porque os sintomas da endometriose nem sempre recebem a atenção que merecem. A cólica menstrual extremamente forte, aquela que não cede com compressas ou analgésicos e limitação na vida da mulher pode ser o primeiro sinal. Sem dar a devida importância ao problema, muitas vezes considerado frescura, as pacientes convivem por mais de 10 anos com o mal-estar que aumenta com o passar do tempo, sem investigar a sua origem. Dor durante a relação sexual, dificuldade para urinar e evacuar durante a menstruação e sangramento intenso são outros indicativos de que pode haver algo errado.

Causas
As causas da endometriose ainda são incertas, mas acredita-se que ela esteja associada a alguns fatores, como menstruação retrógrada (quando a menstruação com as células do endométrio retorna pelas trompas ao invés de ser eliminada), sistema imunológico deficiente e hereditariedade.
Tratamentos
A endometriose não tem cura, mas tratamentos medicamentosos, terapias alternativas e cirurgias especificas são indicados para reduzir a dor e melhorar a qualidade de vida das portadoras. O uso contínuo de anticoncepcionais é uma das primeiras medidas, pois inibe a menstruação, e consequentemente, a proliferação do endométrio.
De acordo com Maria Helena, que convive com a endometriose há 29 anos e está no estágio severo da doença, a tecnologia TENS foi como a “luz no fim do túnel”. “Uso morfina para suportar a dor e há cerca de um ano e meio fui apresentada ao Tanyx. A primeira vez que usei foi em uma clínica de fisioterapia. Entrei chorando e, depois de 30 minutos com o aparelho, saí com vontade de viver”, comenta.

O aparelho atua por meio da eletroestimulação transcutânea (tecnologia TENS), que nada mais são do que estímulos elétricos na pele que inibem a chegada do impulso da dor até o cérebro. “Quando você liga o Tanyx ele dá pulsos elétricos que tiram o foco da dor. É como se a dor espalhasse, aí você para de sentir”, relata a presidente da Associação Endometriose Mulher.
Tanyx é portátil, descartável e pode ser aplicado todos os dias, até mais de uma vez, dependendo da necessidade da paciente. Atua como um tratamento coadjuvante para amenizar diversas dores crônicas e até mesmo cólicas menstruais. Esta técnica pode ser um importante aliado no combate a dores, o que não elimina a necessidade do acompanhamento médico da doença.
Cirurgias
São indicadas apenas em determinados casos e costumam ser extremamente invasivas. O tecido endometrial gruda nos órgãos e sua remoção é muito delicada, exigindo até mesmo a retirada do útero, ovário ou parte do intestino. Apesar disso, as lesões podem reaparecer anos após a intervenção cirúrgica.
As mulheres devem estar atentas ao funcionamento do seu organismo e procurar ajuda médica se algo fugir da normalidade. Mesmo sendo uma doença crônica, a endometriose deve ser tratada para oferecer mais disposição e melhora na qualidade de vida às pacientes.