Com a mudança de clima na chegada do outono, está aberta a temporada das doenças respiratórias. Quem sofre de asma precisa de cuidados redobrados, e é nesta época que a famosa bombinha costuma ser mais receitada pelos médicos. Mas alguns pais ainda desconfiam deste método por conta de certos mitos e preconceitos.
Na verdade, a bombinha nada mais é do que um inalador com alto poder de precisão. Ela faz com que o medicamento chegue de maneira rápida e eficiente aos pulmões, aliviando os sintomas de uma crise de asma. Normalmente associada a alguma predisposição alérgica na família, a doença torna as vias aéreas mais sensíveis ao ambiente e leva à produção de secreção, desencadeando tosse, chiado no peito e falta de ar.
Bombinha de asma: mitos
Os medicamentos mais usados para tratamento de asma são os broncodilatadores, que servem para abrir os brônquios e facilitar a passagem de ar. Um de seus efeitos, no entanto, é o aumento transitório dos batimentos cardíacos, o que fez sugerir a crença de que as bombinhas fazem mal ao coração.
Não é verdade, afirma a pneumologista pediátrica Maria Helena Bussamra, do Hospital Infantil Sabará. Segundo ela, este efeito é bem tolerado e não oferece risco nem para pacientes com problemas cardíacos: “Essa sensação de coração acelerado dura menos do que 30 minutos e não traz nenhum prejuízo ao coração”.
Bombinha de asma vicia?
Como o tratamento é prolongado e administrado em doses pequenas e frequentes do medicamento, cria-se a sensação de que a criança usa a bombinha toda hora. Talvez por isso, alguns pais pensam que ela causa algum tipo de dependência – o que não condiz com a realidade.
A médica destaca que usar bombinhas de asma todos os dias não significa que alguém está viciado nelas. Na verdade, o paciente só está cuidando da sua doença de maneira rápida e segura. O medicamento vai direto para os pulmões, na dose certa, e o tratamento exige disciplina a longo prazo. “Bombinha não vicia! Bombinha trata uma doença crônica”, finaliza.