Se logo ao acordar e levantar da cama você sente uma forte dor na sola do pé, mesmo sem ter realizado qualquer esforço ou exercício, saiba que o incômodo pode ser sinal de alerta para uma fascite plantar, inflamação de uma faixa de tecido que atravessa a parte inferior do pé, do osso do calcanhar aos dedos.
O problema provoca uma dor aguda, especialmente perto do calcanhar, que é mais intensa nos primeiros passos após o despertar e que costuma diminuir à medida que você se levanta e se movimenta. O desconforto, porém, pode voltar após longos períodos em pé ou quando você se levanta depois de permanecer um tempo sentado.
Fatores de risco para fascite plantar
De acordo com informações da instituição de saúde norte-americana Mayo Clinic, a fascite plantar é mais comum em pessoas com idade entre 40 e 60 anos e/ou que praticam exercícios que colocam muito estresse no calcanhar e no tecido anexado, como corrida de longa distância, balé e dança aeróbica, por exemplo.
Quem trabalha muito tempo em pé também pode sofrer de fascite plantar, assim como indivíduos obesos, já que o excesso de peso provoca pressão extra na fáscia plantar.
Segundo a instituição médica, a dor mais forte surge logo nos primeiros passos após levantar-se de manhã. Conforme o indivíduo começa a andar mais, a dor é aliviada, mas pode retornar após longos períodos em pé ou quando a pessoa se levanta após um longo tempo sentada.
Fascite plantar: diagnóstico e tratamento
O diagnóstico de fascite plantar é geralmente obtido com base em seu histórico médico e exame físico, mas o profissional ainda pode pedir um raio-x ou ressonância magnética para confirmar o problema.
A maioria das pessoas que tem fascite plantar se recupera após meses de tratamento conservador, como fisioterapia, aplicação de gelo na área dolorida, alongamento e modificação de atividades que causam o incômodo. Medicamentos analgésicos também costumam ser recomendados para o alívio da dor.
Caso as terapias mais conservadoras não funcionem, o paciente pode ser orientado a fazer tratamentos com injeções anti-inflamatórias mais fortes e, em casos mais raros e graves, pode ser necessário realizar cirurgia.