As dores que afetam o nosso dia a dia podem ser de dois tipos: agudas ou crônicas. Enquanto a primeira é geralmente um sintoma de alguma doença ou lesão, a segunda pode ser a doença em si, deixando de ter a função protetora ou de alerta de algo errado em nosso corpo.
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A dor aguda pode ser resultado de traumas, como pancadas, cortes ou cirurgias – sua causa é conhecida. O quadro dura, em média, 15 dias, mas a fisioterapeuta especialista em tratamento de dor Patricia Manzoni faz um alerta: se não for bem tratado, um problema pontual pode se tornar crônico.
Para ilustrar, Patrícia usa o caso de um paciente que ao pegar uma mala pesada, sente uma espécie de fisgada na coluna e não busca ajuda médica, sem dar a devida atenção ao problema. E aquela dor torna-se então recorrente. “O seu músculo vai tencionando cada vez mais e entra em um ciclo”, afirma a profissional especialista no tratamento da dor
Depois de três ou quatro meses, essa “fisgada” dá origem a uma dor crônica, que é muito mais difícil de tratar. “Era um mau jeito simples que virou uma hérnia, que pinçou o nervo e deu uma contratura muscular. Esta dor, que foi sentida várias vezes por um longo período, foi decodificada pelo cérebro. Agora, por mais que esse paciente passe por um tratamento e melhore a causa, a sensação dolorosa vai demorar para ir embora. O cérebro continua entendendo que aquele lugar está doendo”, afirma.
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“Podemos apresentar ‘defeitos’ em alguma parte da via de transmissão da dor, e associado à experiências prévias de dor, vivência, ou ao uso abusivo de fármacos para controle da dor vamos modificando nossa resposta de dor”, explica a Professora Doutora Gabriela Rocha Lauretti, médica chefe do Departamento de Dor do Hospital das Clínicas USP- Ribeirão Preto.
Tratamento
Enquanto a dor aguda costuma ser tratada com o auxilio de medicamentos, a crônica exige atenção multidisciplinar, com a atuação de médicos, fisioterapeutas e psicólogo. “Além de tratar a causa, é preciso apagar a memória da dor. O processo é longo, exige que os profissionais trabalhem juntos e conversem entre si para oferecer as melhores alterativas ao paciente”, explica a profissional.
Uma das alternativas mais eficazes para aliviar problemas crônicas, como lombalgia, tendinite e fibromialgia, é o uso da tecnologia TENS ( em português Neuroestimulação Elétrica Transcutânea). “O TENS serve para as duas dores, mas apresenta ótimos resultados na dor crônica, promovendo um grande alívio nos momentos que ela está mais intensa”, ressalta a fisioterapeuta.
A tecnologia TENS age por meio de pulsos elétricos que impedem que o estímulo da dor chegue ao cérebro, diminuindo a sensibilidade do local mesmo após o uso.
Nestes casos a aplicação de TENS serve tanto para “apagar” a memória da dor por meio da aplicação de estímulos não dolorosos, como também para aliviar a dor em si durante o tratamento. O ideal seria que o paciente pudesse ter sessões no fisioterapeuta para curar o problema e continuasse utilizando-se da aplicação de TENS diariamente, mais de uma vez por dia, para aliviar a dor e ajudar na recuperação. Porém, por questões de ordem prática do cotiando, se torna impossível.
Com a chegada ao mercado de TANYX, um aparelho que utiliza a tecnologia TENS, já ajustado para o controle da dor, portátil e autoaplicável, é possível o paciente estender a aplicação do TENS para fora do consultório.
Tanyx deixa o tratamento mais simples, barato e eficiente. Com 30 minutos de aplicação diária, é possível sentir o alívio da dor. Ele é um exemplo de aparelho portátil com a tecnologia TENS, muito usada em hospitais e clínicas de fisioterapia. “O Tanyx, porém, é descartável, seguro, de fácil aplicação e entendimento pelos pacientes. Atua impedindo a subida da dor até o cérebro pelo estímulo de fibras do tato e pressão. O estímulo da dor ficaria “mascarado” pelos estímulos TENS, além de outros mecanismos, como ativar a via inibitória da dor, melhorar a atuação de receptores que temos em nosso organismo para a analgesia”, afirma a Dra. Gabriela.
“O Tanyx é um método de controle de dor não-invasivo, que deve ser sempre indicado como coadjuvante no tratamento individualizado de cada paciente. A tecnologia TENS por si só não trata a patologia de base, porém é um adjuvante seguro para o controle de diferentes tipos de dor crônica ou aguda”, explica a médica.