Algumas mulheres têm dúvidas sobre a possibilidade de haver perfuração do útero com o uso do DIU (Dispositivo Intra Uterino). O médico Jurandir Passos, ginecologista e obstetra do Delboni Medicina Diagnóstica, explica que depois que a colocação já foi concluída, o risco é muito raro e estaria relacionado a DIUs colocados logo após o parto, quando a atividade uterina promovida pela amamentação e liberação de ocitocina endógena poderia promover a expulsão do dispositivo ou a transfixação do mesmo através da parede uterina.
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Mas, no momento da inserção, pode acontecer. “O risco é maior principalmente se o útero é retrovertido (quando a porção interna, chamado corpo uterino, está direcionada para as costas da paciente”, diz.
Riscos do DIU: como evitá-los
Para evitar que haja perfuração uterina, ele diz que toda colocação de DIU tem que ser muito bem analisada. “Em primeiro lugar, qualquer infecção vaginal precisa ser previamente tratada, caso contrário o DIU acabará sendo um vetor para a infecção atingir a cavidade uterina e poder se estender para as trompas e ovários”, alerta.
Outro ponto importante é saber o tamanho do útero e se o DIU escolhido está correto. “Se colocar um DIU normal em um útero de pequeno volume, o risco de perfuração aumenta. Existem modelos menores exatamente para serem utilizados nesses casos”, afirma.
Logo após a inserção do DIU é necessária a realização de uma ultrassonografia para checar se está tudo certo. Uma nova avaliação ultrassonográfica deve feita após a primeira menstruação para checar se não houve deslocamento do DIU ou até mesmo a sua expulsão. Se tudo estiver ok, o ideal é que a mulher faça controle semestrais de rotina. “Se, em qualquer caso, houver sangramentos muito prolongados, dor associada ou aparecimento de febre e dor abdominal, a mulher deve consultar um médico”, orienta.