No inverno, o risco de contaminação por doenças que comprometem o sistema respiratório fica maior, por isso é necessário ter alguns cuidados, principalmente em relação à gripe e à pneumonia.
Leia também:
Dicas para evitar as alergias e rinite no frio
Grávidas devem evitar remédios para gripe
Cuidados com a pele no inverno
A gripe, por se tratar de uma doença mais comum, não causa tanto temor. Já a pneumonia pode assustar, porque é, de fato, uma doença que requer mais atenção. Ela afeta cerca de 2,1 milhões de brasileiros todos os anos, é a principal causa de internação hospitalar e a quinta causa de morte no Brasil. “Toda pneumonia deve ser tratada o quanto antes e dificilmente será resolvida sem uso do antibiótico adequado”, afirma o médico Ricardo Teixeira, membro da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).
Gripe x Pneumonia
Sintomas de gripe
Mas como diferenciar uma doença da outra? O médico explica que a gripe é uma doença aguda que acomete as vias respiratórias, causada pelo vírus Influenza, e é altamente contagiosa. Os sintomas são fe bre acima de 38°C, tosse, catarro, dores pelo corpo e mal-estar generalizado e costumam durar mais ou menos sete dias. Para tratá-la, bastam remédios para aliviar os sintomas e aguardar a reação do próprio organismo, que se encarregará de eliminar o vírus.
Sintomas de pneumonia
Já a pneumonia se caracteriza como uma infecção nos pulmões, podendo afetar a região dos alvéolos pulmonares e, às vezes, os interstícios. Pode ser causada por vírus, bactéria, fungos e reações alérgicas. Os sintomas são os mesmos da gripe, além de falta de ar, pressão baixa e até desmaios. Geralmente são mais duradouros do que os da gripe. A pessoa com pneumonia não infecta as outras facilmente e são necessários antibióticos para combater a doença.
Prevenção da pneumonia
Para se prevenir contra a pneumonia e evitar fatalidades, o médico aconselha evitar infecções respiratórias virais, principalmente no outono e inverno; vacinação pneumocócica para crianças com menos de dois anos, para maiores de 60 anos, e em pacientes imunossuprimidos, esplenectomizados e portadores de doenças pulmonares crônicas; cuidado com a broncoaspiração de pessoas com dificuldade de deglutição; manutenção adequada de ar condicionado; e procurar serviço médico se houver sintomas como tosse produtiva, falta de ar, dor torácica que piora com a respiração e febre.
“Em casos mais graves, principalmente nos paciente com maior risco, pode haver necessidade de entubação orotraqueal e uso de ventilação mecânica. Também pode haver choque séptico. Assim, qualquer suspeita de pneumonia deve ser avaliada pelo médico para poder ser instituído o tratamento adequado”, explica.