Doença genética, crônica e que caracterizada por pele ressecada e erupções, a dermatite atópica, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é um dos tipos mais comuns de alergia cutânea.

Dermatite atópica
O que é?
Dermatite atópica é uma inflamação crônica da pele caracterizada por lesões avermelhadas, que coçam bastante e, às vezes, descamam. A condição pode se manifestar em qualquer idade, mas na maioria dos casos aparece logo no primeiro ano de vida.
A dermatite atópica é mais comum no rosto, no couro cabeludo, no pescoço, face interna dos cotovelos, atrás dos joelhos e nas nádegas, explica a dermatologista Dra. Daniela Lemes, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Como identificar?
O diagnóstico de dermatite atópica é clínico e feito pelo dermatologista em consultório. Nos casos mais graves, costuma-se fazer testes cutâneos para tentar identificar a causa principal da doença para que a pessoa passe a evitar contato com este agente causador.
Entre os possíveis desencadeadores da condição estão:
- Poeira
- Alergia a alimentos
- Perfumes
- Cosméticos
- Mofo
- Condições climáticas, como calor ou frio
- Estresse
- Ansiedade
Como pessoas que têm dermatite atópica costumam ter a imunidade comprometida, a alergia também costuma estar associada a doenças respiratórias como bronquite, rinite e asma.

Causas
Segundo Ana Mósca, dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia, a dermatite atópica ocorre por causa de uma deficiência na hidratação natural da pele que faz com que a cútis fique muito seca e desprotegida. A hidratação é uma espécie de barreira que impede que os alérgenos penetrem e causem crises.
Sintomas
- Pele muito seca com prurido
- Coceiras
- Áreas esfoladas causadas por coceira
- Alterações na cor da pele
- Vermelhidão
- Inflamação da pele ao redor das bolhas
- Áreas espessas ou parecidas com couro

É contagiosa?
A dermatite atópica não é uma doença contagiosa. Não há nenhum risco de transmissão, mesmo quando a região afetada é tocada.
É grave?
O quadro não é considerado grave, mas como qualquer condição de saúde, quando não tratada corretamente, pode levar a complicações como infecções de pele e problemas de visão.

Como tratar: medicamentos
Como não tem cura, o objetivo do tratamento visa o controle e alívio da coceira, a redução da inflamação da pele e a prevenção das recorrências.
Pomada
Em períodos de crise o paciente é orientado pelo dermatologista a fazer uso de pomadas com corticoide e antialérgicos.
Nas fases de remissão, é indispensável o uso de hidratantes ou emolientes prescritos pelo médico várias vezes ao dia para evitar o ressecamento da pele. Em alguns casos, sabonetes sintéticos também são prescritos.

Remédio
Nos casos mais graves, de acordo com informações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, os pacientes são orientados a tomar remédios orais, incluindo corticoides, imunossupressores, entre outros. Se houver complicações, como infecções secundárias, é indicado ainda o uso de antibióticos.
Prevenção
Além de manter a pele hidratada diariamente com cremes, uma solução fácil para evitar o surgimento de crises de dermatite atópica é não tomar banhos muito demorados e tampouco com água quente demais.
Se existe a necessidade de mais de um banho por dia, use sabonete apenas nas axilas, pés e partes íntimas.

Tem cura?
A dermatite atópica costuma deixar de se manifestar com o passar dos anos, mas a condição não tem cura. O que significa que ela fica em remissão, o que não impede que a pessoa volte a ter uma crise.
O paciente vai criando imunidade, adquirindo anticorpos, as glândulas sebáceas passam a hidratar melhor a pele e este desenvolvimento da flora cutânea tende a acabar com o problema, afirma Dra. Ana Mósca.
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