Criopreservação

O que há alguns anos atrás parecia cena de ficção científica, hoje já é realidade: células, tecidos, espermatozoides, embriões e até indivíduos inteiros são resfriados a baixíssimas temperaturas (normalmente entre -80 ° C e -196 ° C, ponto de ebulição do nitrogênio líquido) para reduzir as funções vitais de uma célula ou organismo e ser capaz de continuar a viver em suspensão por muito tempo. A estas temperaturas, qualquer atividade biológica, incluindo as reações bioquímicas que produzem a morte de uma célula, está efetivamente parada. A essa tecnologia damos o nome de criopreservação.

Não só na medicina, mas nas pesquisas agrícolas a criopreservação também tem sido utilizada para a conservação de sementes para estudos biológicos.

Tipos de criopreservação

Congelamento lento: criopreservadas por formação de gelo no meio extracelular. É utilizado o método tradicional para a criopreservação de células isoladas.

Vitrificação: criopreservação sem a formação de gelo. A formação deste sólido, o qual também é conhecido como o estado vítreo, evita a mobilidade das moléculas que causam reações metabólicas, e, portanto, o envelhecimento e morte celular.

Onde o método é implantado              

Aqui no Brasil a criopreservação é utilizada principalmente em clínicas de fertilização, onde sêmen, óvulos e embriões são preservados para futuras utilizações, e em clínicas de armazenamento de sangue e tecido do cordão umbilical de recém- nascidos.

Indicações para a criopreservação de espermatozoides

  • Preservação da fertilidade após vasectomia

  • Uso do espermatozoide do homem na sua ausência

  • Disfunção erétil do parceiro

  • Pacientes que serão submetidos à radioterapia ou quimioterapia

Indicações para a criopreservação de óvulos

  • Pacientes submetidas à radioterapia ou quimioterapia

  • Tratamentos para fertilização in vitro

  • Mulheres que desejam preservar a sua fertilidade

Já a criopreservação de material do cordão umbilical está ligada a preservação de células que no futuro podem ser utilizadas para tratamento de doenças degenerativas ou para transplante, onde o recebimento das próprias células é necessário. No Brasil já existe diversas clínicas particulares que oferecem o serviço de criopreservação.