Cientistas criam exame que detecta autismo em crianças e pode revolucionar tratamento

por | fev 20, 2018 | Saúde

Cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, desenvolveram um exame de sangue capaz de detectar autismo em crianças, transtorno que compromete a habilidade de interagir e se comunicar com outras pessoas. 

Considerado um avanço no meio médico, o teste permite que o transtorno do espectro autista, que muitas vezes é detectado tardiamente, seja diagnosticado mais cedo e, consequentemente, que as crianças tenham acesso ao tratamento adequado rapidamente.

O fator é de suma importância, já que a intervenção precoce gera resultados mais satisfatórios, minimizando ou até eliminando sintomas como distúrbios da fala, comportamento repetitivo ou compulsivo, hiperatividade, ansiedade e dificuldade em se adaptar a novos ambientes.

Exame de sangue capaz de detectar autismo: como funciona?

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Ao todo, os pesquisadores recrutaram 38 crianças diagnosticadas com autismo e 31 crianças sem identificação da doença e consideradas saudáveis para testar a eficácia do método.

Ao examiná-las e comparar seus resultados sanguíneos, os cientistas perceberam que havia diferenças químicas no plasma sanguíneo dos dois grupos. O primeiro, composto por indivíduos com o espectro, continha níveis mais elevados de uma substância chamada ditrosina de oxidação (DT), entre outras alterações, enquanto o segundo grupo não apresentava os mesmo percentuais.

Por fim, com o auxílio de um colaborador adicional na Universidade de Birmingham, também do Reino Unido, os cientistas desenvolveram uma equação matemática capaz de distinguir o plasma sanguíneo de pessoas com espectro autista das que não possuem o transtorno. E, assim, surgiu o novo – e primeiro – exame de sangue para detectar o autismo.

Os resultados, publicados na revista científica americana Molecular Autism, ainda deverão ser testados mais vezes com diferentes grupos de crianças para que se comprove sua eficiência. A equipe que dirigiu o estudo, entretanto, segue animada com a descoberta.

Caso se prove eficaz, o novo teste de sangue poderá diminuir muito o tempo de espera para a comprovação do diagnóstico de autismo – normalmente demorado devido à ampla gama de sintomas, que se confundem com outras doenças -, agilizando o início do tratamento nos pequenos pacientes.

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