Após um acidente grave no final de março e praticamente um mês internado, Rodrigo Mussi teve alta hospitalar está agora em uma nova etapa de sua recuperação. Muito empenhado, o ex-BBB está sob os cuidados do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro – e, lá, as técnicas oferecidas vão muito além da fisioterapia convencional, envolvendo equipamentos de última geração para um tratamento lúdico que pode inclusive ser custeado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Rodrigo Mussi tem acesso a tecnologia de ponta na reabilitação
Em processo de reabilitação devido às lesões cerebrais causadas por um grave acidente de carro em março, o ex-BBB Rodrigo Mussi está, agora, sob os cuidados do Instituto de Reabilitação Lucy Montoro. Criada pelo Governo de São Paulo em 2008, a rede é vinculada ao Hospital das Clínicas, onde Mussi ficou internado – e, além de técnicas convencionais de reabilitação, o local oferece terapias inovadoras e até divertidas de forma personalizada para o paciente.
Referência na reabilitação de pessoas com deficiência e doenças incapacitantes, o Instituto conta com uma série de especialidades tanto em âmbito ambulatorial quanto para internação, e um dos diferenciais é como isso se mistura com técnicas de robótica e neuromodulação. Conforme explicou a instituição ao Tá Saudável, a ideia é trazer desafios lúdicos aos pacientes, algo feito a partir do uso dos seguintes aparelhos:
- InMotion: disponível na América Latina apenas em unidades da rede, este aparelho é voltado para os membros superiores. Nele, os braços do paciente são acomodados em um suporte que inicia o movimento de forma a estimular que ele mesmo continue a atividade, tudo com base em um jogo com objetivos simples a se cumprir. Aqui, porém, o paciente só consegue movimentar o braço de um lado para o outro.
- Lokomat: outra exclusividade da rede pelo SUS, este aparelho consiste em uma esteira acoplada a uma estrutura que coloca o paciente em pé, com as pernas encaixadas à máquina. Assim como no InMotion, o aparelho dá início ao movimento e tem uma série de configurações possíveis para estimular o paciente a prosseguir com a ação – e, aqui, os membros inferiores são o foco, trabalhando especialmente as articulações do quadril e dos joelhos.
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- Ergys: semelhante a uma bicicleta ergométrica, este é outro aparelho que ajuda pacientes – especialmente aqueles com lesão medular – a ativar a musculatura dos membros inferiores. Para isso, o aparelho se utiliza de estímulos elétricos que chegam diretamente aos nervos, permitindo então um trabalho bastante rico de quadriceps, glúteos e tendões de forma geral.
- GEO-System: de estrutura semelhante à do Lokomat, este aparelho também auxilia o paciente a ficar em pé e executar movimentos de locomoção, mas, aqui, isso acontece de forma mais completa. Nele, é possível, por exemplo, simular treinos de marcha, subida e descida de degraus – algo que também o faz ser voltado especialmente para os membros inferiores.
- Gait Trainer 2: apesar de ser parecido com uma esteira convencional, este aparelho conta com uma série de funcionalidades que visam “refinar” os movimentos dos membros inferiores. Isso porque, ao se exercitar nele, o paciente recebe um “feedback” em tempo real, podendo, desta forma, perceber melhor a própria velocidade, a simetria e a extensão dos passos.
- ICS Balance Platform: focado no equilíbrio do paciente, este aparelho é uma plataforma na qual ele é posicionado em pé e “testado” com certos movimentos. Com isso, é possível monitorar, por exemplo, o risco de queda deste paciente e a forma como ele se equilibra, além de melhorar todas estas capacidades e avaliar o progresso no próprio software.
- Vivax: com dois aparelhos diferentes disponíveis, esta tecnologia nacional é voltada para os movimentos de membros superiores – e, ao contrário do que acontece no InMotion, em que o paciente só consegue mover os braços de um lado para o outro, esta tecnologia permite a movimentação tridimensional, tudo com base em um jogo que aparece na tela diante dele.
- C-mill: apesar de ser uma esteira com realidade virtual como outros aparelhos disponíveis na rede, esta tecnologia exige desafios mais complexos do paciente. No jogo, ele precisa, por exemplo, cumprir determinadas tarefas nas quais é necessário variar a velocidade, a marcha, exercitar o equilíbrio e, acima de tudo, o planejamento dos movimentos para a conclusão dos desafios.
- Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) e Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (EMTr): com estas tecnologias, é possível quantificar as mudanças cerebrais do paciente ao longo dos tratamentos, bem como modificar a atividade cerebral com o objetivo de tratar doenças como depressão, dores crônicas e sequelas do AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Terapia robótica é multidisciplinar
De acordo com o Instituto, porém, nenhuma destas tecnologias é usada de forma isolada. Elas são, por exemplo, ferramentas para complementar a fisioterapia convencional – e, além da terapia robótica, quem está em tratamento de reabilitação na instituição tem acesso também à terapia ocupacional, fonoaudiólogos, psicólogos e mais.
Apesar de não ter mencionado a terapia robótica nos boletins que publica sobre a saúde de Mussi, Diogo Mussi, irmão do ex-BBB que é responsável por divulgar informações sobre ele ao público, afirmou que ele já deu início à fisioterapia diária, bem como à terapia ocupacional, e tem se saído bem nelas.