
Apesar de ter aberto a última edição do Billboard Music Awards com uma animada apresentação em que misturou canções de vários artistas indicados ao prêmio – e de ter cantado ainda uma música própria durante a premiação –, a cantora Kelly Clarkson não estava exatamente bem na noite do evento.
Kelly Clarkson teve apendicite
Um dia após a premiação, Kelly usou seu perfil no Twitter para contar aos seguidores que, apesar de parecer plena, estava passando mal devido uma crise de apendicite durante a cerimônia. “Não vou mentir… Eu posso ou não ter caído no choro de dor após o show”, escreveu a cantora, avisando que, graças ao atendimento médico recebido, já está bem.
Not gonna lie…. I may or may not have broken down in tears after the show from pain 😬 BUT thanks 2 all the amazing people @ Cedars-Sinai I flew home directly after the event, nailed the surgery early this morning, & feeling awesome now! Bye bye appendix 🤣 #TheShowMustGoOn 💁🏼♀️ https://t.co/eL9HoVlSiM
— Kelly Clarkson 🍷💔☀️ (@kellyclarkson) May 2, 2019
Após chegar ao “limite”, Kelly foi atendida e realizou uma cirurgia para remover o apêndice, mas, apesar de esta ser uma doença comum e de a operação ser simples, deixar a dor e os sinais do problema de lado por tanto tempo pode fazê-lo se agravar a ponto de levar o paciente à morte.
Apendicite: por que dor não pode ser ignorada?
Conforme explica Leonardo de Mello Del Grande, gastrocirurgião do Hospital Edmundo Vasconcelos, o apêndice é um órgão que não tem uma função essencial para o corpo, fica no começo do intestino grosso e pode acabar inflamado por diversos fatores.
“A apendicite é causada por uma obstrução, normalmente por fezes ou um corpo estranho como uma semente”, explica o médico, ressaltando que, em casos menos frequentes, o problema também pode ser causado por um verme ou até por um tumor crescendo na região.

Segundo ele, quando uma apendicite acontece, o paciente costuma sentir uma dor abdominal contínua junto ao umbigo que piora com o passar das horas e passa a se concentrar no lado direito do abdômen. Conforme a doença evolui, é possível haver também náusea e febres – e nenhum desses sintomas deve ser ignorado.
Isso porque, de acordo com Leonardo, quando a apendicite demora a ser diagnosticada e tratada, o quadro tende a ficar cada vez mais grave e evoluir para uma peritonite – inflamação no revestimento da cavidade intestinal que tem um tratamento mais complicado e pode até levar a óbito.
De acordo com o médico, como os sintomas são mais fracos, é possível que uma apendicite de grau inicial seja confundida com um problema menos grave, mas, conforme avança, as características da doença já ficam mais evidentes e é necessário que o paciente receba o auxílio médico adequado.

Feito o diagnóstico, a única maneira de “tratar” a apendicite é fazendo uma cirurgia para remover o órgão inflamado. Depois da operação – feita a partir de uma incisão bem simples –, o paciente permanece internado de 24 a 72 horas e pode ficar com uma cicatriz que, na maioria das vezes, é quase imperceptível.