Brasil está oficialmente livre de elefantíase, sarampo e rubéola: entenda a conquista

por | nov 14, 2024 | Saúde

Sem casos de elefantíase desde 2017 e anos após a reintrodução do sarampo no território, o País eliminou com sucesso essas e outras duas doenças

O Brasil atingiu, nesta semana, uma série de conquistas em termos de saúde. Além de receber o certificado de país livre da elefantíase, uma das principais causas globais de incapacidade permanente, o território foi declarado também novamente livre do sarampo, da rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Entenda abaixo a classificação.

Brasil elimina doenças do território: elefantíase, sarampo e mais

Nesta semana, o Brasil recebeu da Organização Mundial da Saúde (OMS) um certificado importante. Sem novos casos de elefantíase (filariose linfática) desde 2017, o País agora é oficialmente um território livre da doença. A conquista foi declarada em setembro deste ano, mas, agora, o País conta com um certificado.

Elefantíase (Crédito: NOAH SEELAM/AFP via Getty Images)

O Brasil se tornou, assim, o vigésimo país do mundo com o certificado de eliminação da doença. Transmitida por um verme que chega ao organismo através da picada de um mosquito, essa doença prejudica o sistema linfático e causa inchaço exacerbado no corpo. Isso, a longo prazo, gera prejuízos sociais graves e grande dificuldade de mobilidade.

Segundo o Ministério da Saúde, o principal fator de risco para elefantíase é falta de saneamento básico.

País está livre do sarampo após anos com retorno da doença endêmica

Essa, no entanto, não foi a única conquista. Após um período de queda na cobertura vacinal e retorno do sarampo como doença endêmica no Brasil, ela também foi erradicada junto da rubéola e da síndrome da rubéola congênita. Com isso, a região das Américas volta a ser a única do mundo livre dessas três doenças.

Em 2015, o País já havia sido declarado como um país livre do sarampo. Após um longo período sem casos, no entanto, houve a morte de 40 crianças pela doença e o registro de dezenas de milhares de diagnósticos de sarampo entre 2018 e 2022. Isso aconteceu devido a uma baixa da cobertura vacinal e do aumento do fluxo migratório de países vizinhos nos últimos anos.

(Crédito: Freepik)

Após a reintrodução da doença no País, ela não demorou a se tornar endêmica. Isso motivou uma intensificação das campanhas de vacinação – e, após 39.779 casos entre 2018 e 2022, o Brasil volta a estar livre do vírus do sarampo. Isso significa que não há mais transmissão local, e os casos estão restritos a pessoas que contraíram o vírus fora do País.

O sarampo e a rubéola são duas doenças cuja prevenção está na vacina tríplice viral, que também protege contra caxumba. Oferecendo altos riscos especialmente para crianças, elas inspiram a necessidade de cumprir o protocolo de vacinação, que consiste em duas doses para pessoas entre 12 meses e 29 anos, e uma para adultos entre 30 e 59.

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