Lynlee Boemer é uma bebê de quatro meses que terá duas datas de aniversário: isso porque ela foi retirada e devolvida para o útero de sua mãe 12 semanas antes de nascer “de verdade”. A retirada foi necessária para que os médicos pudessem fazer uma cirurgia de emergência após detectarem um tumor em seu cóccix.
O nódulo foi descoberto quando sua mãe, Margaret Boemer, estava na 16ª semana de gestação, durante uma ultrassonografia de rotina. A cirurgia inteira demorou 5 horas, retirou 90% do tumor e aconteceu no Hospital Infantil do Texas, em Houston, nos Estados Unidos, no dia 7 de março de 2016.
Cirurgia a céu aberto
A bebê, que na época tinha menos de 600 gramas, precisou ficar fora do útero de sua mãe por 20 minutos. O procedimento, conhecido como “cirurgia a céu aberto”, foi um sucesso e quase três meses depois, no dia 6 de junho, Lynlee veio ao mundo novamente através de uma cesariana pesando quase 2,5 kg.
Além da cirurgia fetal, outra operação foi realizada quando Lynlee tinha apenas 8 dias de vida para retirar o restante do tumor e prevenir o aparecimento de um novo, reporta o site do jornal Metro.
Por causa da cirurgia, a recém-nascida precisou ficar 24 dias no hospital antes de ir para casa no dia 30 de junho.
Tumor em recém-nascido
O tumor Sacrococcygeal Teratoma (SCT), que afetou a neném ainda durante a gestação, atinge um bebê em cada 35 mil a 40 mil partos. Em post feito em sua conta no Facebook, Margaret afirmou que apenas em casos raros é necessário que a cirurgia seja feita ainda antes do parto.
“Normalmente o tumor pode ser removido depois do parto, mas em casos raros como o de Lynlee, a intervenção fetal é necessária. Eu quero que outras mães saibam que existe ajuda e não se sintam perdidas e sozinhas como eu me senti quando descobri na 16ª semana que Lynlee tinha esta SCT”, desabafa.
A bebê, agora com quatro meses, tem acompanhamento médico e faz exames a cada três meses para garantir que a tumoração não volte. De acordo com a mãe da criança, sua filha provavelmente precisará de uma cirurgia reconstrutora na região no futuro e a família aguarda o crescimento da filha caçula para saber se o crescimento do tumor no cóccix causou algum dano intestinal.
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