Claire Michel teve de ser internada após disputar prova no rio Sena, em que era proibido nadar desde 1923 devido àaos altos níveis de poluição
Dias após competir na disputa individual do triatlo nos Jogos Olímpicos de Paris, a atleta Belga Claire Michel teve de ser internada. De acordo com a imprensa local, ela estaria com infecção pela bactéria E. coli, que tem alguns tipos responsáveis por causar problemas sérios de saúde.
Atleta belga é hospitalizada após nadar no rio Sena
Após nadar no rio Sena, em Paris, no triatlo das Olimpíadas, a atleta Claire Michel está internada. A atleta da delegação belga teve de ser hospitalizada dias após sua participação na prova ao apresentar sintomas gastrointestinais ligados à infecção pela bactéria E. coli.
Conforme a atleta foi dada como impossibilitada de continuar na disputa, a delegação da Bélgica também desistiu da competição. No Instagram, Michel lamentou o ocorrido, atualizando também o estado de saúde em uma publicação nos Stories.
“Obrigada por todas as mensagens gentis. Fui bem cuidada aqui e vou me recuperar. Estou majoritariamente devastada pelo time e triste de terminar os Jogos assim”, escreveu ela junto de uma foto em que aparece no hospital.
Polêmicas com o rio Sena
Nadar no rio Sena é proibido desde 1923 devido aos altíssimos níveis de poluição do rio. Desde então, diversos governantes prometeram atuar na despoluição das águas, mas não obtiveram sucesso.
Desde a decisão de Paris como sede das Olimpíadas de 2024, porém, o rio tem passado por uma nova tentativa de despoluição. Houve alto investimento de fundos no processo, marcado inclusive pela atual prefeitada cidade, Anne Hidalgo, realizando um mergulho simbólico antes do início dos Jogos.
Após a primeira prova disputada no rio Sena, porém, a polêmica continuou. Além de provas terem sido adiadas devido justamente à poluição no rio, a atleta belga Jolien Vermelylen relatou à mídia local que, durante seu mergulho no triatlo, viu “coisas sobre as quais não queria pensar”.
Infecção por E. coli: sintomas, complicações e mais
De acordo com o órgão norte-americano Centro de Controle e Prevenção de Doenças, o CDC, a E. coli (Escherichia coli) é uma bactéria que está naturalmente presente no ambiente e na flora intestinal. O tipo que temos no organismo ajuda, por exemplo, na digestão – mas não é o único.
Outros tipos de E. coli, segundo o CDC, podem causar infecções graves. As cepas que produzem a chamada toxina Shiga, por exemplo, podem levar a falência renal, questões crônicas de saúde e até à morte.
A maioria das cepas de E. coli que são prejudiciais à saúde causa infecções gastrointestinais marcadas por diarreia, mas também pode ser responsável por infecção urinária, pneumonia e sepse.
Segundo o CDC, algumas pessoas são mais suscetíveis à infecção por E. coli, bactéria que pode ser contraída por consumo de alimentos e água contaminados. São elas:
- Crianças menores de 5 anos;
- Idosos (pessoas com mais de 65 anos);
- Pessoas imunocomprometidas;
- Pessoas viajando para fora de seus países de origem.
A infecção causada por essa bactéria é tratada com antibióticos.
