Ataque de pânico: 10 sintomas iniciais para reconhecer e evitar que crise se agrave

por | abr 3, 2019 | Saúde

Dores fortes no peito, batimentos cardíacos acelerados e dificuldade para respirar: sintomas que podem parecer um infarto também são comuns em casos de ataque de pânico. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, quase 10% da população brasileira já sofreu um episódio desse tipo e conhecer melhor o problema é fundamental para evitar crises e adotar o melhor tipo de tratamento.

Ataque de pânico: o que é

O ataque (ou transtorno) de pânico é considerado doença ansiosa que, muitas vezes, se apresenta sem motivos reais. A pessoa pode estar em um ambiente calmo, tranquilo e mesmo assim ter uma grave crise de pânico, explica Quirino Cordeiro, coordenador-Geral de Saúde Mental do Ministério da Saúde.

Durante um ataque de pânico, a pessoa pode apresentar sintomas físicos e psíquicos, que geram desconfortos, grande angústia e muito medo.

Síndrome do pânico e ansiedade

A síndrome do pânico é caracterizada pela presença recorrente de crises de ansiedade. As condições, portanto, estão intimamente relacionadas. A característica principal do transtorno são as crises esporádicas que duram alguns minutos e têm forte intensidade.

Como identificar: sintomas

Os sintomas de ataque de pânico podem ser sutis no início e nem sempre facilmente relacionados ao transtorno ansioso.

Sintomas sutis

  • Suor excessivo
  • Tremores
  • Falta de ar ou sensação de sufocamento
  • Dor ou incômodo no tórax
  • Enjoo
  • Desconforto no abdômen
  • Palpitação ou taquicardia
  • Boca seca
  • Calafrio ou ondas de calor
  • Formigamento ou sensação de anestesia
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Sintomas que outras pessoas conseguem notar

Familiares, amigos e pessoas próximas podem ajudar a identificar o problema observando os sinais que, muitas vezes, são desprezados pelo paciente, como queixas de tontura ou vertigem, por exemplo. Outros sintomas de um ataque de pânico que podem ser observados por terceiros são:

  • Desmaio
  • Sensação de irrealidade relatada pelo paciente
  • Indiferença (a pessoa sente-se distanciada de si mesmo)
  • Falas sobre medo de enlouquecer, adoecer ou morrer

Ataque de pânico: o que fazer

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Quando sentir que está prestes a sofrer um ataque de pânico, o paciente deve tentar controlar a respiração, inspirando e soltando o ar profunda e lentamente, que melhora a consciência física e emocional, além de ajudar a diminuir a frequência cardíaca.

É importante ainda que a pessoa tente relaxar a mente e o corpo, evitando atividades físicas intensas que exigem esforço muscular e buscando ambientes calmos e silencioso para permanecer diante de uma possível crise.

Como ajudar

Se você está próximo a alguém que sente que um ataque de pânico se aproxima, fique calmo. Demonstrar nervosismo ou preocupação exagerada pode deixar o paciente ainda mais agitado e piorar o quadro.

Tente levar a pessoa a um lugar tranquilo e, se possível, caminhe com ela, sem pressa, adotando, juntamente com o paciente, uma respiração profunda e lenta. É importante ainda promover conforto, lembrando que os ataques são passageiros e que você está por perto para ajudar.

Apesar de parecer uma boa opção, não diga para a pessoa se acalmar. A sugestão pode deixar o paciente ainda mais nervoso e preocupado. Converse, mas não faça muitas perguntas. Por fim, não abandone a pessoa, mesmo que ela peça para se isolar. Se o indivíduo desejar distância ou ficar sozinho, procure, pelo menos, mantê-lo em seu campo de visão.

Tratamento

O tratamento para ajudar o paciente a controlar ataques de pânico pode ser medicamentoso, com uso de antidepressivos indicados por um psiquiatra. Apenas o profissional de saúde poderá identificar a necessidade do remédio, assim como sua dosagem.

A psicoterapia é outro tipo de tratamento indicado para pessoas que sofrem de crises de pânico. Sessões de terapia constantes ajudam a identificar problemas pessoais e até mesmo gatilhos das crises, facilitando o autoconhecimento e, consequentemente, reduzindo os ataques.

Síndrome do pânico