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Usando seu perfil no Instagram, Priscila Nocetti, apresentadora da rádio Furacão 2000, surpreendeu os seguidores ao revelar que, aos 38 anos, teve um infarto decorrente da hipertensão. Ela adquiriu condição há 12 anos quando estava grávida e, ao falar sobre o quadro de saúde atual, admitiu que não tratava o problema exatamente como mandavam os médicos.
Priscila Nocetti sofre infarto
Na rede social, Priscila fez um texto contando tudo o que aconteceu, afirmando ter adquirido a hipertensão – ou seja, condição que faz a pressão arterial ficar alta de forma crônica – ainda durante a gestação. De acordo com a ginecologista e obstetra Erica Mantelli, a pressão alta é a principal causa de morte de gestantes e entre 5 e 10% delas apresentam o problema.
Apesar de esta condição em geral se normalizar algum tempo após o nascimento da criança, isso não aconteceu com Priscila, e ela convive com a hipertensão há 12 anos. Segundo ela, porém, o tratamento e o acompanhamento desta doença não era algo que ela levava muito a sério até então.
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“Eu esquecia de tomar o remédio da pressão. Fiquei uns dois anos sem ir ao cardiologista, achando que estava tudo bem, já que vivo uma vida tranquila, não fumo, não uso nada ilegal, não sou sedentária”, escreveu a apresentadora, contando que, tanto por isso quanto pelo fato de ela ter histórico familiar de problemas cardiovasculares, ela infartou no início de fevereiro de 2020.
“Nesse dia eu estava assistindo a um filme com a minha filha e afilhadas, largadona no sofá e, de repente, me senti estranha. Comecei a sentir uma forte dor no meio do peito. Pensei logo na pressão. Depois meu braço esquerdo começou a doer também… Na hora percebi que poderia estar infartando”, afirmou Priscila.
Ela então tomou uma das medidas emergenciais para casos de infarto e mediu a pressão que, nesse dia, chegou a 24 por 17 (sendo que ela já é considerada alta a partir de 14 por 9). “Tomei uma aspirina e coloquei um remédio de pressão embaixo da língua”, contou a apresentadora que, logo em seguida, buscou atendimento médico por ter certeza de que estava sofrendo um infarto.
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“Chegando lá, fiz eletro e exame de sangue e foi constatado um infarto no miocárdio. Fui pra UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e pela manhã fui submetida a um cateterismo. Não precisei de nenhum aparelho, stent, nada”, disse ela, ressaltando que, a partir de um ecocardiograma realizado mais tarde no mesmo dia, foi descoberto que não houve sequelas para o coração.
Hipertensão na gravidez e risco de infarto
Devido ao afrouxamento dos vasos sanguíneos que ocorre durante a gravidez, o natural do período é que a pressão arterial diminua – mas, segundo Erica, pessoas que têm pré-disposição ao problema podem passar pelo contrário, quadro que, por sua vez, é chamado de pré-eclâmpsia.
Conforme explica a médica, a pré-eclâmpsia costuma se manifestar a partir da 20ª semana de gestação em decorrência das mudanças naturais que a gravidez promove no corpo somadas a alguns fatores, como sedentarismo, obesidade, diabetes, ganho excessivo de peso, gravidez de gêmeos e gestações acima dos 35 anos de idade.
Tudo isso leva a um quadro de vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos), dificultando a circulação do sangue e elevando, por sua vez, a pressão. Se não controlado, o quadro pode desencadear a eclâmpsia, problema caracterizado por alterações cerebrais que levam a convulsões e que pode causar a morte tanto da mãe quanto do bebê.
Quando identificado precocemente, o quadro é controlado com uma alimentação saudável, medicamentos e, é claro, monitoramento da pressão e do bebê, garantindo a saúde de ambos. No caso de Priscila, porém, a condição não sumiu após a gravidez, e conviver com hipertensão sem tratá-la é algo que oferece um alto risco de infarto.
Quando não identificada nem tratada corretamente, a hipertensão pode levar não só a infartos como também a derrames, insuficiência cardíaca e à cegueira. Em geral, a condição é tratada com medicamentos e, por ser crônica, os remédios costumam ser receitados para a vida toda.