Anvisa registra 1º remédio para tratar covid-19: para quem ele é indicado?

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou, nesta sexta-feira (12), duas grandes notícias que contribuem para a luta contra o coronavírus no Brasil: o registro definitivo da vacina Oxford/AstraZeneca e também do primeiro medicamento contra covid-19.

O anúncio foi feito através de uma transmissão ao vivo, conduzida pelo gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Vacina de Oxford

Mendes anunciou que a vacina Oxford/AstraZeneca, produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), passará a ser registrada pela Anvisa com uma etapa de fabricação no Brasil, o que representa, segundo ele, “maior autonomia e maior acesso à vacina”.

Antes, o produto tinha registro para uso emergencial no país, mas sendo fabricado pelo Instituto Serum, da Índia.

De acordo com o gerente-geral de Medicamentos da Anvisa, a Fiocruz espera entregar cerca de 222 milhões de doses neste ano, sendo 112 milhões até julho. Ainda neste mês de março, a ideia é distribuir 3,8 milhões de doses.

Rendesivir: remédio para tratar covid-19

Na sequência, Mendes informou que o medicamento antiviral Rendesivir terá, em bula, a indicação de uso para tratamento de pacientes hospitalizados pela covid-19. Segundo ele, a decisão foi tomada com base em “eficácia, segurança e qualidade”.

“A gente vai dar o primeiro registro de um medicamento que vai ter em bula uma indicação contra a covid-19. É o primeiro medicamento sintético que vai poder ser usado em pacientes acometidos pela doença. É o Redensivir.”

Como explicou Renata Soares, gerente de Avaliação de Segurança e Eficácia, o medicamento poderá ser usado por adultos e adolescentes com idade superior a 12 anos e pelo menos 40 kg, “que estejam com pneumonia e requeiram administração suplementar de oxigênio”.

Em sua apresentação, a profissional ressaltou que, após alguns estudos, os profissionais concluíram que pessoas que fizeram uso do medicamento apresentaram um tempo menor de recuperação.

“Os pacientes no grupo do Redensivir levaram, em média, 10 dias para se recuperar, em comparação com 15 dias dos pacientes que não receberam o medicamento”, apontou Renata.

“Além disso, foram avaliados outros pontos, como resultado de eficácia, mediana de dias que os pacientes receberam oxigênio, tempo de hospitalização destes pacientes e tempo mediano para melhora clínica, e realmente Redensivir se mostrou com resultados melhores em relação aos pacientes que não receberam esta terapia”, concluiu.

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